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Meio Ambiente

Morte de animais envenenados cria clima de tensão no Otávio Pécora

Adriano Fernandes e Marta Ferreira | 13/08/2014 15:47
A representante comercial Célia segura o cachorro de sua amiga, vizinha a sua residência. (Foto: Marcelo Vitor)
A representante comercial Célia segura o cachorro de sua amiga, vizinha a sua residência. (Foto: Marcelo Vitor)

Uma série de mortes de cães e gatos por envenenamento está provocando clima de revolta e tensão entre os moradores da rua Uiratata, no Bairro Octávio Pécora, em Campo Grande. Quem tem um animal de estimação vive em clima de tensão. Segundo as informações que chegaram ao Campo Grande News, são pelo menos 12 mortes de animais.

“Eles latem, eu já saio para fora para ver o porquê”, diz a representante comercial Célia Tomás, de 43 anos, que tem em casa três cães - Toddy, Dolly e Mel. Célia ficou sabendo dos envenenamentos pela vizinhança e diz que, desde então, passou a redobrar a atenção.

A mesma situação foi relatada pelo morador João Hélio, que tem em casa um fiel companheiro, o cão Beethoven, e é um dos moradores da rua Uiratata, onde foram relatadas as primeiras mortes. “Fiquei sabendo pela vizinhança, de qualquer forma estou sempre atento, à noite ele dorme dentro de casa” , diz o aposentado de 82 anos.

Segundo relatos dos moradores, que em sua maioria preferiram não ter a identidade divulgada, esta não é a primeira vez que há uma onda de envenenamentos na região. De acordo com os depoimentos, o fato também ocorreu há 4 anos. Na época, os principais alvos eram cães da raça pit bull. “A Pandora, era um cão dócil e foi envenenada, levamos ao veterinário mais ela não resistiu. Na época procurei a delegacia, mais nada, a polícia não deu a devida importância”, diz moradora que teve um de seus dois cães da raça morto.

“Eu me lembro que houve uma época em que um morador pediu pra que anunciassem num autofalante de moto, oferecendo recompensa de R$ 300,00 pra quem achasse seu gato desaparecido”, diz a advogada Ana Lúcia, de 46 anos que também teve o gato desaparecido. “Uma vez um apareceu morto, aqui, na varanda de casa”.

“É de uma dor tremenda o sofrimento de perder um animal de estimação. Nem consegui trabalhar e vim embora pra casa”, reclama uma comerciante que teve sua cadela Amy envenenada na manhã da última terça-feira (12). “Ela tinha o costume de sair de casa e quando voltou já estava salivando”.

O servidor público Ciro Escobar Ribeiro Neto de 30 anos, contabilizou o número de animais mortos próximos a sua residência na rua Curiango. “Eu perdi dois de meus seis gatos, tive dois conhecidos que somados as mortes foram no total seis gatos, fora um de meus vizinhos que teve o cachorro envenenado mas o socorreu a tempo”. Ciro ainda disse que, devido ao número de ocorrências, iria procurar os outros moradores que também tiveram seus animais envenenados e pedir pra que todos fizessem as denuncias à policia.

Um leitor do Campo Grande News havia relatado a morte cinco gatos, dois cachorros e cinco pássaros, por envenenamento.

Sem investigação- Em contato com a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista) as informações são de que até o momento apenas um morador procurou a delegacia, mas ainda não há nenhuma denuncia formal a respeito do caso, que apresente um laudo comprovando a morte dos animais por envenenamento.

A Decat disponibiliza para contato os telefones 3368-6092, 3368-6185 ou 3368-6144 atendendo a denúncias tanto anônimas quanto presenciais em seu endereço na Duque de Caxias, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, mas orienta, a identificação do denunciante auxilia e muito nesses tipos de caso.

Cachorros da raça Pit Bull foram os primeiros alvos de envenenamento segundo moradores. (Foto:Marcelo Vitor)
Cachorros da raça Pit Bull foram os primeiros alvos de envenenamento segundo moradores. (Foto:Marcelo Vitor)
A preocupação com o cão é tanta, que o animal do aposentado João Hélio dorme dentro de casa a noite. (Foto:Marcelo Vitor)
A preocupação com o cão é tanta, que o animal do aposentado João Hélio dorme dentro de casa a noite. (Foto:Marcelo Vitor)
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