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Meio Ambiente

MP investiga sistema de esgoto após mortandade de peixes no Rio Anhanduí

No dia 25 de novembro, centenas de peixes foram encontrados mortos no rio que cruza a área urbana

Aline dos Santos | 08/12/2019 11:55
Peixe morto no Rio Anhanduí, às margens da Ernesto Geisel. (Foto: Marcos Maluf)
Peixe morto no Rio Anhanduí, às margens da Ernesto Geisel. (Foto: Marcos Maluf)

Após a mortandade de peixes no rio Anhanduí, registradas em agosto e novembro deste ano, o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu procedimento para apurar a regularidade da coleta, transporte, tratamento e disposição final do serviço de esgotamento sanitário de Campo Grande. Na Capital, o serviço chega para 83% da população, com meta de ser universalizado até, no máximo, 2025, conforme informa o site da concessionária Águas Guariroba.

No inquérito civil, a promotora Andréia Cristina Pereira da Silva cita a mortandade dos peixes, relatada em matérias do Campo Grande News. A morte dos peixes foi acompanhada pela coloração incomum e o mau cheiro das águas.

A causa pode estar relacionada ao lançamento de esgoto, baixa oxigenação e o acúmulo de matéria orgânica. O Ministério Público também recebeu documento informando que o esgotamento sanitário de Campo Grande não está sendo tratado em sua integralidade e que efluentes sem tratamento são despejados em cursos de água do município.

A prefeitura, a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), a Semadur (Secretaria do Meio Ambiente e Gestão Urbana) e a Águas Guariroba serão notificadas e podem encaminhar documentos, caso desejarem. A empresa ainda recebeu pedido de informações específicas, que devem ser respondidas no prazo de 20 dias.

A promotora questiona se há eventual conexão pública de esgotamento sanitário para lançamento de esgoto bruto em corpos hídricos (que não aquelas referentes às Estações de Tratamento de Esgoto Imbirussu e Los Angeles) utilizadas para aliviar o sistema de esgotamento sanitário ou como vazão alternativa, que pode ser aberta e lançar diretamente esgoto bruto. Se existir, as empresas deve informar quantas são e onde ficam as tubulações, conhecidas como by pass. 

Pede esclarecimento se a mortandade dos peixes possui relação com o sistema de esgotamento sanitário público e encaminhe planta que demonstre as conexões de vazão do esgoto sanitário bruto ou tratado, ativas ou desativadas mantidas pela concessionária.

No dia 25 de novembro, centenas de peixes foram encontrados mortos no rio, localizado às margens da Avenida Ernesto Geisel, em frente ao Shopping Norte Sul. Na ocasião, a Semadur informou que recebeu a denúncia e investigaria a causa da mortandade dos peixes.

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