MS projeta crescimento de 40% na base florestal até 2028
Previsão é de atingir 2,5 milhões de hectares plantados
Mato Grosso do Sul espera atingir 2,5 milhões de hectares plantados até 2028, um aumento de 40% na sua base florestal. A informação foi repassada pelo secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), durante o evento Bracell 2030, que teve como tema “O Brasil na Vanguarda do Clima: da bioindústria à economia regenerativa”.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Mato Grosso do Sul projeta expandir sua área de plantio de eucalipto para 2,5 milhões de hectares até 2028, representando um crescimento de 40% em relação à área atual de 1,881 milhão de hectares. O anúncio foi feito pelo secretário Jaime Verruck durante o evento Bracell 2030, em São Paulo. O setor florestal sul-mato-grossense exporta 92% de sua produção de celulose, demonstrando forte presença internacional. As empresas do setor operam sob rigorosos critérios ambientais, incluindo análises prévias, reservas legais e compensações ambientais, embora ainda busquem reconhecimento das práticas de manejo florestal como método de captura de carbono.
“Este é o nosso projeto. Se consolidarmos a Bracell e a segunda planta da Eldorado, utilizaremos 2,5 milhões de hectares plantados. Existe, contudo, um horizonte de expansão. Esse horizonte já está sendo considerado, situando-se nesta mesma área. Atualmente, estamos em 1,881 milhão de hectares para chegar a 2,5 milhões”, finalizou.
- Leia Também
- Ribas do Rio Pardo terá primeira exposição agroindustrial em 2026
- Governo garante verbas do Novo PAC para concluir fábrica de fertilizantes em MS
O encontro promovido pela Bracell, em São Paulo, reuniu líderes empresariais, autoridades e especialistas para discutir ações de sustentabilidade.
Verruck foi um dos palestrantes do painel “Economia Verde: Como o Brasil pode transformar ativos ambientais e vantagem global”, juntamente com a secretária de Meio Ambiente e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, e o embaixador José Carlos Fonseca.
“Este setor possui uma forte exposição internacional, o que o torna um ponto de referência relevante. A exportação de aproximadamente 92% de sua produção de celulose evidencia um elevado nível de interação com o mercado global”, afirmou. Essa característica exige, inerentemente, que as empresas demonstrem suas políticas de ESG (Environmental, Social and Governance).
O secretário enfatizou que a conformidade com a legislação ambiental é fundamental para o setor.
“Empresas como a Bracell e a Suzano, por exemplo, não iniciam atividades em áreas sem as devidas análises, reservas legais e compensações ambientais. A base de suas operações repousa sobre a legalidade, abrangendo uma área de 1.181.000 hectares”, acrescentou.
Na ocasião, Verruck também debateu sobre a captura de carbono. “Uma das questões é a não aceitação, por parte do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU, dos créditos de carbono gerados pelo eucalipto plantado, sob a justificativa de que a captura de carbono é temporária, já que a árvore será cortada. Essa é uma decisão importante. Ao realizar o balanço de carbono, o setor pode apresentar suas ações de preservação, mas a captura de carbono na floresta não é reconhecida. Portanto, a indústria busca o reconhecimento da colheita florestal, da rebrota e do replantio como técnicas de captura de carbono, a serem reconhecidas sob uma metodologia específica”, sinalizou.
Atualmente, o Estado caminha para a sexta fábrica de celulose. Mato Grosso do Sul tem duas linhas de produção da Suzano em Três Lagoas, onde também existe uma unidade da Eldorado Brasil. Ribas do Rio Pardo tem outra fábrica da Suzano, a Arauco começou obras em Inocência, e a Bracell vai se instalar em Bataguassu.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.
