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Meio Ambiente

Prefeito vai a Promotoria pedir prazo para arrumar parques deteriorados

Cinco parques continuam na mira do MPE-MS. Mais um caso deixado pela gestão anterior que o prefeito pede "confiança e prazo"

Alberto Dias | 26/01/2017 17:25
Piscina interditada no parque Tarsila do Amaral, entre os bairros Vida Nova e Nova Lima (Foto: Alcides Neto)
Piscina interditada no parque Tarsila do Amaral, entre os bairros Vida Nova e Nova Lima (Foto: Alcides Neto)

Sob o risco de ter os parques municipais da Capital fechados pela justiça, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) foi ao Ministério Público na tarde desta quinta-feira (26) pedir prazo, paciência e confiança para fazer as adequações necessárias. São piscinas quebradas, sistemas elétricos arriados, quadras e até estruturas prediais comprometidas, entre outros problemas que, segundo ele, consumirão pelo menos R$ 2 a R$ 3 milhões - "um dinheiro que a prefeitura não tem".

Para convencer a promotora Andreia Cristina Peres da Silva, o prefeito chegou acompanhado do secretário José Marcos da Fonseca (Meio Ambiente), Rodrigo Terra (Esporte) e do procurador-geral do Município, Alexandre Ávalo. Após a reunião, que durou cerca de uma hora, ficou acertado que a prefeitura apresentará um levantamento do que precisa ser feito em cada parque, bem como o cronograma de execução e fonte de recursos. Tudo isso deverá ser entregue em até 10 dias, estimam os secretários.

As obras são necessárias para a obtenção do Certificado de Vistoria do Corpo de Bombeiros - justamente o documento que atesta a segurança dos locais. Sem este laudo, os parques são considerados inaptos ao uso e deverão ser interditados. Questionados sobre o tempo de execução de obras de infraestrutura em cinco dos oito parques da cidade, a equipe de gestores municipais admite que a tarefa não é fácil e, num cenário otimista, arriscam: "quem sabe até o fim do ano".

Prefeito chega ao MPE-MS junto com procurador-geral do Município e gestor da Funesp. (Foto: Alberto Dias)
Prefeito chega ao MPE-MS junto com procurador-geral do Município e gestor da Funesp. (Foto: Alberto Dias)

Como pagar? Sobre a origem dos recursos, o secretário de Meio Ambiente, Marcos da Fonseca, prevê que seja municipal, sem descartar parcerias público-privadas para ajudar na empreitada, haja visto que os cofres do andam meio vazios. Para o prefeito, existem muitas prioridades. "Estamos focados em pagar o funcionário, a merenda nas escolas, o remédio no posto de saúde”, explicou. "Mas viemos buscar diálogo, mostramos boa vontade e a promotora se mostrou compreensiva", finalizou.

Cinco parques estão na mira da justiça

Conforme a equipe do Executivo Municipal que esteve hoje no MPE, três parques já tem projetos concluídos e aprovados no Corpo do Bombeiros para o início das obras - Parque Ayrton Senna (Aero ancho); Jacques da Luz (Moreninhas) e Tarsila do Amaral (Nova Lima). "Os outros dois já tem o projeto feito, aguardando a aprovação dos bombeiros", complementou Terra. São eles: Parque Ecológico do Sóter (Mata do Jacinto) e Centro Olímpico Vila Nasser.

O problema dos parques é antigo. O prazo para resolução venceu em 20 de dezembro e faz parte de um acordo assinado pelo ex-prefeito Alcides Bernal (PP) junto ao MPE-MS. No documento, Bernal se comprometia a providenciar licenças ambiental, sanitária e laudos técnicos arquitetônicos - estes três itens foram cumpridos. O que falta é o laudo dos Bombeiros, que depende prioritariamente que todas essas obras finalmente saiam do papel.

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