Queimadas: fotógrafo registra contraste no Morro dos Macacos
Dados oficiais apontam expressiva queda nos incêndios no Pantanal
RESUMO
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Um ano após os incêndios que atingiram o Morro dos Macacos, às margens da BR-262, em Miranda, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, o fotógrafo Guilherme Giovanni registra como está a paisagem atualmente.
As imagens, capturadas em 22 de agosto de 2024 e de 2025, permitem comparar a recuperação da vegetação na região.
Especializado em registrar o Pantanal, o fotógrafo acompanhou os impactos dos incêndios de 2024 e publicou recentemente as novas imagens em seu perfil no Instagram.
“No ano passado, o fogo consumiu o Morro dos Macacos e chegou muito próximo a um posto de combustível. Uma tragédia maior foi evitada. Por enquanto, o Pantanal não sofre com o fogo, o cenário desse ano é bem diferente. Em 2024, os incêndios começaram em junho e se espalharam rapidamente pelo Pantanal”, relatou Giovanni.
Queimadas sob controle
Neste ano, a diferença também aparece nos números. Dados do Lasa (Laboratório de Aplicações de Sistemas de Satélites) e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) indicam que, entre 1º de janeiro e 15 de julho de 2025, pouco mais de 14 mil hectares do Pantanal foram atingidos, contra mais de 669 mil devastados no mesmo período do ano passado, uma queda de 97,9%.
Em julho, a redução foi ainda mais expressiva: 39 focos de calor, frente a 1.218 em 2024, e 1,4 mil hectares queimados, contra mais de 170 mil no mesmo mês do ano passado. A queda chegou a 99,2%.
Apesar da trégua, especialistas alertam que a seca severa prevista para os próximos meses pode mudar o cenário rapidamente.
Técnicas de prevenção, como queimadas prescritas e aceiros, previstas na Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, continuam sendo aplicadas para reduzir o risco de novas tragédias.