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Meio Ambiente

Setembro concentrou 1/3 das queimadas que já são o dobro de 2019 no Pantanal

Dados do Inpe mostram que 2020 é um dos piores anos de queimadas no bioma Pantanal desde 1998, quando começou monitoramento.

Paula Maciulevicius Brasil | 01/10/2020 14:50
A beleza do Pantanal que se reduz às cinzas. (Foto: Marcos Maluf)
A beleza do Pantanal que se reduz às cinzas. (Foto: Marcos Maluf)

Um Pantanal agonizando pelo fogo é o cenário que fere a poesia de Manoel de Barros. As fotos mostram um bioma que se esvai nas chamas e junto aos números, revelam um contexto desesperador.

Somente setembro foi "responsável" por quase 1/3 dos focos de incêndio de todo o ano de 2020. De 1º de janeiro até ontem, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) detectou no Pantanal de Mato Grosso do Sul 6.975 pontos de incêndio. Só nos 30 dias de setembro foram 2.247.

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O ano pode carregar o título de um recorde que ninguém quer alcançar, de ser um dos maiores em número de focos de queimadas da história dos últimos 22 anos, desde quando iniciou o monitoramento do Instituto, em 1998.

Em comparação ao mesmo período dos anos anteriores, setembro de 2020 fica "atrás" de 2007, quando foram registrados 3.561 focos. Já nos anos anteriores, de janeiro a setembro, os dados mais altos estão nos ano passado, com 8.163 focos e em 2005 com 8.869.

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Considerando todo o bioma, o Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul já registrou neste ano 18.259 focos de queimadas, mais que o dobro do que foi registrado no mesmo período do ano passado.

Corumbá permanece na liderança de municípios com mais focos, sendo 6.570 registros neste ano, maior índice do país.

Fogo destruiu estrutra de ponte na Estrada Parque. (Foto: Ecoa)
Fogo destruiu estrutra de ponte na Estrada Parque. (Foto: Ecoa)

O governo do Estado avalia a aquisição de três aeronaves para combater os incêndios. A possibilidade partiu da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa e levada para o Executivo.

São dois aviões e um helicóptero especiais para combate a grandes incêndios. O custo é de US$ 23 milhões. As aeronaves seriam do mesmo modelo, podendo carregar 3,2 mil litros de água cada uma.

A terceira aeronave seria um helicóptero multimissão, biturbina, equipado com farol de rosca, kit rapel, gancho de resgate e sem limitação de ciclos, com espaço para equipe aeromédico e capacidade de carregar 1,6 mil litros de água.

No sábado, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, visitará Corumbá para acompanhar a situação jundo a Comissão do Meio Ambiente do Senado e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

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