Usina libera água no Rio Pardo para dispersar tapete de plantas
Liberação controlada começou nesta terça-feira (28) para reduzir o acúmulo de macrófitas
A Usina Hidrelétrica Assis Chateaubriand, conhecida como Usina Mimoso, iniciou a liberação controlada de água do Rio Pardo, em Ribas do Rio Pardo, a 96 km de Campo Grande. O objetivo é dispersar as macrófitas aquáticas que se acumularam no reservatório, formando um grande tapete de plantas que já ocupa uma extensão de pelo menos 20 quilômetros e tem causado transtornos a moradores da região.
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A Usina Hidrelétrica Assis Chateaubriand, em Ribas do Rio Pardo, iniciou a liberação controlada de água para dispersar macrófitas aquáticas que formaram um tapete de plantas de 20 quilômetros no reservatório. A Elera Renováveis, responsável pela usina, afirmou que o procedimento é gradual e segue condições climáticas, destacando que o acúmulo de plantas ainda está dentro dos limites técnicos. Moradores da região relatam que o problema começou em fevereiro e tem se agravado, afetando o nível e a qualidade da água. Proprietários locais afirmam que as plantas causam desvalorização de propriedades, e uma Ação Popular foi movida na Justiça por representantes de um condomínio às margens do rio. A situação continua a preocupar os habitantes da área.
Em nota, a Elera Renováveis, responsável pela usina, informou que o procedimento teve início nesta terça-feira (28) e seguirá de acordo com as condições climáticas locais. Segundo a empresa, na semana passada foi concluída a instalação da comporta necessária para o vertimento. “Com isso, a usina encontra-se operacionalmente preparada e deu início ontem ao procedimento de forma gradual”, diz o comunicado.
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Anteriormente, a Elera havia destacado que “a presença das macrófitas, principalmente as fixas, é natural em sistemas aquáticos e pode trazer benefícios ao ecossistema, como abrigo e alimentação para a fauna aquática”. A empresa havia garantido, inclusive, que há um acúmulo significativo de espécies flutuantes, “embora ainda dentro dos limites técnicos de controle inferiores a 25%”, concluiu.
Moradores - Para quem vive às margens do rio, a situação preocupa. O professor Leondeniz Guariero, proprietário de um rancho na região, contou que, após a limpeza das comportas e a liberação parcial da água, uma pequena quantidade de plantas chegou a descer, mas o problema persiste. “O rio está com baixo nível e sujo, infelizmente”, lamentou.
Moradores relatam que as plantas começaram a aparecer em fevereiro e que o volume vem crescendo desde então. O advogado Maikon Roger Vargas de Araújo Calzolaio, também proprietário na região, ingressou com uma ação popular na Justiça, representando 30 donos de imóveis no Condomínio Parque das Águas.
Os proprietários afirmam que nunca haviam presenciado tamanha concentração de plantas aquáticas e dizem que o fenômeno tem provocado desvalorização das propriedades às margens do Rio Pardo. O Imasul chegou a multar a usina por conta do avanço das macrófitas; no entanto, até o momento não se sabe o que tem causado a proliferação das plantas.
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