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A fumaça do seu cigarro pode causar câncer nasal nos cães e gatos

Veterinária alerta sobre riscos do hábito ruim para a saúde dos animais; saiba tudo

Por Natália Olliver | 11/05/2025 07:40
A fumaça do seu cigarro pode causar câncer nasal nos cães e gatos
Fumar perto dos pets pode fazer com que eles tenham câncer nasal e doenças respiratórias (Foto: Paulo Francis)

Apesar de cães e gatos não acenderem o cigarro, são eles que acabam pagando o preço pelo hábito dos donos. Aliás, os tutores sequer imaginam que os pets também viram fumantes passivos quando eles fazem isso dentro de casa. Entre os perigos invisíveis que acontecem por causa disso estão as bronquites, asmas e até o câncer de focinho.

Para explicar melhor sobre o assunto, o Lado B conversou com a médica veterinária Cláudia Mendes, especialista em cardiologia e pneumologia.

Assim como nós, humanos, o fumo é algo grave, que causa alterações severas nos animais. E quem fuma perto dos bichinhos está, mesmo sem querer, expondo os peludos a um risco diário.

Cães, por exemplo, têm diferentes formas de reagir, dependendo do formato do focinho. Os de focinho longo, como o pastor alemão, têm mais facilidade para desenvolver câncer nasal. Já os de focinho curto – os famosos braquicefálicos, como pug e bulldog – sofrem para respirar. A fumaça vai direto para o pulmão. E aí, a bomba tóxica explode em forma de asma, bronquite e até câncer pulmonar.

A fumaça do seu cigarro pode causar câncer nasal nos cães e gatos
Veterinária alerta sobre os perigos da fumaça do cigarro nos animais (Foto: Paulo Francis)

“Eles também inalam e absorvem as toxinas do cigarro. Isso acarreta em várias alterações. Cães geralmente podem ter doenças respiratórias. Os de focinho pequeno não conseguem se proteger da fumaça, eles ficam ainda mais sensíveis do que um animal com focinho longo. Neles, a fumaça vai direto para o pulmão”, explica a veterinária da clínica Bourgelat.

E isso não prejudica só os cães. Os gatos, com seus rituais de higiene felina, lambem os pelos com frequência. O problema é justamente esse: quando o ambiente está impregnado de fumaça, o pelo vira depósito de toxina. Cláudia aponta que isso se chama “fumaça de terceira mão”.

“O termo quer dizer que os resíduos ficam nos móveis, roupas, paredes, assim como nos pelos dos bichinhos. É um tipo de contaminação. Isso fica por muito tempo no ambiente. Ele pode ser absorvido pela pele, e eles podem ingerir. Por isso os veterinários perguntam se o dono faz uso do cigarro, porque dessa forma vão conseguir saber se o animalzinho está sendo um fumante passivo.”

A fumaça do seu cigarro pode causar câncer nasal nos cães e gatos
Tóxinas dos cigarros fazem dos pets fumantes passivos e gatos também são afetados (Foto: Paulo Francis)

Os sintomas de que a fumaça pode estar maltratando seu animal são sutis. Por isso, muitos donos não percebem logo de cara. Mas Cláudia explica: se os pets que são fumantes passivos começam a tossir, espirrar, ter falta de ar, secreção nasal, ficarem mais lentos e apresentarem mudança de apetite, isso pode ser um alerta para procurar um veterinário.

“O ideal é nunca fumar no ambiente onde eles ficam, manter o ambiente bem ventilado e o tutor parar de fumar. Os veterinários devem fazer campanhas para conscientizar sobre fumar longe dos bichos.”

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