Produto de limpeza pode virar um terror na vida do cachorro; entenda
Produtos de limpeza podem causar dermatite em cães e exigem atenção dos tutores
O pequeno Chico, vira-lata de 2 anos e meio, enfrentou dias de desconforto até que sua tutora, Cássia de Souza, descobriu que produtos de limpeza usados em casa eram os responsáveis por uma séria irritação na pele do cachorro. O caso do ‘doguinho fiapo de manga’ mostra como algo comum do dia a dia pode virar um problema para a saúde dos pets.
RESUMO
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Cão desenvolve dermatite por produtos de limpeza domésticos. Chico, um vira-lata de 2 anos e meio, apresentou irritação na pele que evoluiu para dermatite atópica. A tutora, Cássia de Souza, descobriu que a causa era a sensibilidade aos produtos de limpeza utilizados em casa. Após trocar os produtos por opções neutras e, posteriormente, optar por apenas água sanitária, a condição de Chico melhorou em duas semanas. O veterinário Rafael Rodrigues alerta que casos como esse são comuns e que alergias em cães podem ser desencadeadas por diversos fatores, desde produtos de limpeza até poeira e ácaros. O especialista recomenda consulta veterinária para diagnóstico e tratamento adequados, além de atenção a sintomas como coceira excessiva e vermelhidão na pele.
“Começou com uma irritação ao redor dos olhos. Fomos ao veterinário e pegamos a indicação de uma pomada com antibiótico. Melhorou, mas logo voltou e começou a afetar a pele também”, lembra Cássia.
O diagnóstico final apontou para uma dermatite atópica, condição que pode ser provocada por diferentes fatores. Segundo o veterinário, no caso de Chico era o contato com produtos químicos usados na limpeza da casa, condição que fez Cássia rever a rotina.
“Troquei os produtos que eu usava por detergente neutro, mas a situação da pele dele piorou muito e houve até perda de peso. Hoje eu evito qualquer produto de limpeza fora de casa e na parte de dentro só uso água sanitária, nada perfumado. Isso fez com que não desse mais irritação nele”, explica.
O resultado, de acordo com a tutora, veio rápido. “Foi muito rápido para melhorar. Até sumir, eu acho que foram umas duas semanas. Mas nos primeiros dias já deu para ver a diferença”, conta.
Segundo o médico-veterinário Rafael Rodrigues, o caso de Chico não é isolado. “Tem animal que tem a pele muito sensível. Muitos cães têm um tipo de dermatite atópica, uma alergia que pode se desenvolver desde filhote e exige cuidado para sempre”, destaca. As reações podem ser provocadas pelos produtos de limpeza, alimentação, poeira e até o tipo de tapete usado na casa.
“O principal sintoma é a coceira. O animal fica se lambendo exageradamente, de dia e de noite, a ponto de perder o sono. Isso afeta o bem-estar e até o comportamento”, pontua.
Rafael lembra ainda que algumas raças são mais predispostas ao problema. “Shih-tzu, bulldog inglês e bulldog francês são campeões de consultas por problemas de pele”, relata.
O especialista reforça ainda que tentar resolver apenas com medicamentos comprados por conta própria pode ser um erro. “Às vezes o tutor compra corticoide e acha que resolveu, mas isso não é legal. O corticoide pode até aliviar, mas não trata a causa. A primeira coisa a se fazer é levar ao veterinário para avaliação”, recomenda o médico-veterinário.
Em casos mais resistentes, pode ser necessário fazer exames específicos. “Existem testes alérgicos, onde aplicamos pequenas doses de possíveis alérgenos na pele para descobrir a origem da reação. Poeira, ácaros e até picadas de pulga ou carrapato podem ser causas”, descreve.
Rafael conclui fazendo um alerta. “Tutores precisam observar qualquer sinal que dure mais de dois dias. Vermelhidão, coceira ou feridas merecem atenção. Produtos de limpeza próprios para pets são opções mais seguras. Mas, acima de tudo, é preciso acompanhar de perto o animal e buscar ajuda profissional sempre que notar algo diferente”, finaliza.
Para Cássia, procurar ajuda especializada e tomar medidas mais radicais foram decisivas para o bem-estar do Chico. “Ele ficou muito triste quando estava com a irritação mais feia. Não era mais ele, não brincava, só ficava deitado e tinha umas crises de coceira, ele se coçava demais e por isso ficou bastante vermelho ”, recorda Cássia.
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