ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 22º

Política

Ao fim dos 71 discursos, 50 senadores se posicionam a favor do impeachment

Nyelder Rodrigues e Alberto Dias | 12/05/2016 04:50
Senadores vararam a madrugada discursando e se posicionando sobre o impeachment de Dilma Rousseff (Foto:Marcos Oliveira/Agência Senado)
Senadores vararam a madrugada discursando e se posicionando sobre o impeachment de Dilma Rousseff (Foto:Marcos Oliveira/Agência Senado)

Terminou há pouco em Brasília (DF) a rodada de discursos dos senadores sobre a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A maioria se posicionou a favor. A votação oficial ainda ocorrerá.

Ao todo, 71 parlamentares expuseram suas opiniões e se posicionaram sobre a questão em 15 minutos, sendo que 50 deles sinalizaram voto favorável a instauração do processo de impeachment. Vinte senadores se posicionaram contra a situação e defenderam Dilma Rousseff.

Representando Mato Grosso do Sul, o senador Waldemir Moka (PMDB) falou em provas robustas e elementos suficientes para afastar a presidente. "Nunca é demais lembrar que o PT recebeu das mãos do presidente Fernando Henrique Cardoso um país com a situação normalizada. Caso essa casa aprove hoje o afastamento da presidente Dilma Rousseff, ela entregará ao seu sucessor um país com esqueletos da ordem de R$ 250 bilhões segundo projeções conservadoras", disse em seu discurso. 

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) também discursou a favor do afastamento. "Afirmo aqui com convicção: processo do impeachment é previsto na Constituição e este, em especial, não é golpe, ele é constitucional. Ele foi regido nos mais amplos princípios constitucionais, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, mas mais do que isso, ele é democrático", disse.

Entre os votos a favor de Dilma Rousseff, estava o companheiro de legenda Lindberh Farias (RJ), que atacou o vice-presidente Michel Temer (PMDB). "Não vamos reconhecê-lo como presidente", afirmou o petista. Já entre os que são a favor está o tucano José Serra (SP). "Sou a favor [do impeachment], sem nenhuma alegria, nenhuma comemoração", declarou em plenário.

Para defender Dilma, o petista Humberto Costa (PT-PE) citou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que teria dito recentemente que Dilma não é criminosa. O único peemedebista contra o impeachment foi Roberto Requião (PR).

O único senador que não definiu o voto foi Fernando Collor (PTC-AL), justamente quem também sofreu processo de impeachment em 1992 - porém, antes de ser processado, renunciou ao cargo, que passou para Itamar Franco (PMDB-MG).

Caso o resultado favorável ao impeachment se confirme na votação oficial, que acontecerá logo mais, Dilma será afastada da Presidência da República por 180 dias. São necessários 41 votos para que o processo prossiga.

Nos siga no Google Notícias