ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 24º

Política

Após polêmica, deputado pede vistas sobre fim da taxa de religação

Debate sobre o projeto durou mais de uma hora na sessão e votação ficou para semana que vem

Leonardo Rocha | 07/11/2019 12:25
Deputados Rinaldo Modesto (PSDB), José Carlos Barbosa (DEM) e João Henrique Catan (PL), durante  sessão (Foto: Luciana Nassar/ALMS)
Deputados Rinaldo Modesto (PSDB), José Carlos Barbosa (DEM) e João Henrique Catan (PL), durante sessão (Foto: Luciana Nassar/ALMS)

Depois de mais uma hora de debate, o deputado João Henrique Catan (PL) pediu vistas ao projeto que proíbe as concessionárias de serviços essenciais a cobrar uma taxa de religação quando existe corte de água e luz, por falta de pagamento. Ele que é favor da medida, resolveu adiar a votação para semana que vem.

A proposta foi apresentada por Felipe Orro (PSDB), com a justificativa que a cobrança de taxa (religação) se trata de mais uma oneração ao consumidor e que só poderia ser cobrada em caso de pedido do próprio consumidor para interrupção dos serviços ou em caso de atos ilícito pelo usuário.

A matéria ainda destacou que além de não cobrar este “valor extra”, a concessionária deverá restabelecer o serviço em um prazo de 24 horas após o pagamento da conta atrasada. A proposta recebeu emenda de Marçal Filho (PSDB), que proibia esta cobrança apenas de famílias que demonstrarem dificuldades financeiras.

O assunto já gerou divisão dentro da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), porque houve três votos contrários, do relator Lídio Lopes (Patri), José Carlos Barbosa (DEM) e Gerson Claro (PP), contra dois favoráveis: João Henrique Catan (PL) e Marçal Filho (PSDB).

Deputados Felipe Orro (PSDB), Rinaldo Modesto (PSDB) e José Carlos Barbosa (DEM), durante sessão (Foto: Luciana Nassar/ALMS)
Deputados Felipe Orro (PSDB), Rinaldo Modesto (PSDB) e José Carlos Barbosa (DEM), durante sessão (Foto: Luciana Nassar/ALMS)

Debate - Já no plenário, Barbosa usou a tribuna para dizer que era contra porque a matéria era “inconstitucional”, pois a atribuição para legislar sobre “energia” caberia apenas a União, cabendo o regramento pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Ele ainda citou que existe uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) contra esta medida.

O autor do projeto, Felipe Orro, rebateu o colega, ao dizer que a decisão do Supremo era sobre ação diferente de outro estado e que até ter uma sentença sobre a situação de Mato Grosso do Sul, considerava seu projeto constitucional. Após mais de uma hora de debate, com deputados contra e a favor, o pedido de vistas adiou o debate para semana que vem.

Catan ainda requisitou que as concessionárias (água e luz) apresentem dados sobre os lucros e prejuízos em relação a “religação dos serviços”, bem como o número de inadimplentes. O deputado Eduardo Rocha (MDB), que presidia a sessão, disse que a votação ocorrerá semana que vem, mesmo se estes dados não forem enviados.

Nos siga no Google Notícias