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Política

Audiência sobre segurança nas escolas lota plenário na Assembleia

Fabiano Arruda | 11/05/2011 18:07
Bullying e falta de estrutura familiar foram temas discutidos durante a audiência. (Foto: Wagner Guimarães)
Bullying e falta de estrutura familiar foram temas discutidos durante a audiência. (Foto: Wagner Guimarães)

Com discussões que centralizaram as soluções para o combate à violência, a audiência pública “Consciência Jovem – Segurança nas escolas de Mato Grosso do Sul” lotou o plenário da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira.

Um dos motivos para a realização da audiência, proposta pela deputada Mara Caseiro (PTdoB), foi a tragédia da escola do Realengo, no Rio de Janeiro, no dia 7 de abril.

Estudantes presentes na audiência, em comum, defenderam o uso da tecnologia, como o monitoramento por câmeras, como forma de prevenção à violência.

“Hoje, com a tecnologia muito avançada, é possível observar tudo a distância por meio das câmeras de vigilância. Queremos mais segurança nas escolas. Devemos preservar o local onde passamos uma grande parte da nossa vida”, afirmou uma das alunas.

A violência no meio escolar foi atribuída a diversos fatores, entre eles, o bullying, a falta de estrutura familiar e os jogos eletrônicos.

“Os efeitos da exposição contínua à violência podem causar sérios danos psicológicos”, alertou a deputada Mara Caseiro.

“A desestruturação do casamento traz a ruptura familiar, que consequentemente produz no jovem um desajuste precoce. A ausência de vínculos afetivos gera introspecção, frieza e revolta. Sem carinho, a criança e o jovem crescem sem referências. Quem não aprendeu amor em casa, dificilmente levará amor à rua”, ilustrou a parlamentar, a respeito dos problemas familiares.

Segundo pesquisa do Ibope realizada ano passado em cinco capitais brasileiras, de cada 100 adolescentes entrevistados, 35 alegaram que se drogavam para fugir dos problemas familiares.

Questões comportamentais, drogas, álcool, e o papel da escola na formação dos jovens foram outros temas debatidos na audiência, que teve a participação do promotor da Infância e Juventude, Sérgio Fernando Harfouche, o juiz de Direito da 2ª Vara da Infância e Juventude, Danilo Burin, além de representantes de escolas públicas e particulares e das secretarias de Educação, Assistência Social e Segurança Pública.

Novas audiências - Outras duas audiências públicas sobre o universo escolar serão realizadas na Casa de Leis até julho.

A primeira delas está marcada para 8 de junho, quando serão discutidas questões relacionadas aos transtornos de comportamento (bullying, hiperatividade e esquizofrenia).

A outra está prevista para 6 de julho, quando serão reunidos os dados e conclusões dos dois primeiros debates a fim de elaborar um plano estadual para a Juventude. (Com informações da assessoria)

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