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Política

Casal Olarte e outros três viram réus por compras suspeitas de imóveis

Ricardo Campos Jr. | 09/11/2016 14:09
Gilmar Olarte, ex-prefeito de Campo Grande, no dia em que foi preso durante a Operação Pecúnia (Foto: Fernando Antunes)
Gilmar Olarte, ex-prefeito de Campo Grande, no dia em que foi preso durante a Operação Pecúnia (Foto: Fernando Antunes)

A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público Estadual derivada da Operação Pecúnia contra o ex-prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PROS); a mulher dele, Andreia Olarte; e outras três pessoas. A partir de agora, o grupo é réu em ação por associação criminosa, lavagem de dinheiro e, no caso do casal Olarte, falsidade ideológica.

O caso começou a tramitar em segundo grau, mas desceu para a 1ª Vara Criminal depois que o gestor público renunciou ao cargo.

Segundo informações do processo, os demais acusados são: Ivamil Rodrigues de Almeida, Evandro Simões Farinelli e Christiane Gomes Camargo Farinelli. Eles ajudavam Gilmar e Andreia na compra de imóveis com preços até 15 vezes abaixo do mercado usando nomes de “laranjas”. Isso porque os valores reais eram completamente incompatíveis com a renda do casal.

Em um ano e dois meses – de maio de 2014 a julho de 2015 –, foram compradas três chácaras, cinco terrenos, dois imóveis em condomínio e iniciada a construção de casa orçada em R$ 1,3 milhão no residencial Damha 2, em Campo Grande. O período coincide com o tempo que o pastor foi prefeito da Capital após a cassação de Alcides Bernal (PP), em março de 2014.

Os acusados foram intimados a apresentarem uma defesa preliminar assim que a denúncia foi entregue. Somente Olarte e a esposa não o fizeram. Os demais tentaram desqualificar a denúncia, argumentos não aceitos pelo juiz Olivar Augusto Roberti Coneglian, responsável por acatar o pedido do Ministério Público.

A partir de agora, os réus serão intimados para se defenderem novamente dentro de dez dias após o recebimento da notificação.

Pecúnia – O casal Olarte chegou a ser preso no dia 15 de agosto, quando a operação, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), foi realizada. Eles passaram 42 dias na cadeia e foram soltos.

Nessa terça-feira (8), os advogados que representavam Olarte e a mulher dele, José Carlos Veiga Junior e Jail Azambuja entregaram a carta de renúncia à Justiça Estadual abdicando da função. Os nomes dos novos defensores ainda não foram divulgados.

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