Chance de mudar move 1º voto de cadeirante que "mata um leão por dia"
“Eleição é uma chance de transformar o Brasil”, diz Ezequiel, que tem 19 anos
Acostumado a “matar um leão por dia”, Ezequiel Muniz Bueno, 19 anos, não deixou que limitações físicas o impedissem de registrar seu primeiro voto. Cadeirante e com distrofia muscular, o jovem é movido pela vontade de que seu voto faça a diferença. “Eleição é uma chance de transformar o Brasil”, diz Ezequiel.
Neste domingo, na escola estadual Padre Tomaz Ghirardelli, no Parque do Lageado, onde cursou o ensino fundamental, ele conseguiu acessibilidade e teve preferência para o voto. Contudo, sua mãe lembra que o dia a dia não é de facilidades.
“Tenho outra filha com o mesmo problema congênito. Por isso, estimulo meus filhos a estudarem e se superarem. É complicada a questão da acessibilidade, mata um leão por dia”, diz dona de casa Ana Maria Muniz, 49 anos.
Já o cadeirante José Enio Martinez, 80 anos, não conseguiu votar nesta manhã, em Campo Grande, porque a seção eleitoral na escola Alcídio Pimentel, no bairro Vila Carvalho, não tinha acessibilidade, para que ele pudesse chegar ao local de votação. A sala estava no andar superior, tendo uma escada íngreme que o impediu de exercer a cidadania.