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Política

Com 192 kg de droga em 2013, sítio de secretária foi alvo de ação do Gaeco

No episódio, Marisa Andrade Rocha (PSB) acabou condenada por esconder foragido

Aline dos Santos | 07/03/2019 12:18
Gaeco durante a primeira fase da Themis, em 14 de janeiro.  (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)
Gaeco durante a primeira fase da Themis, em 14 de janeiro. (Foto: Ricardo Ojeda/Perfil News)

Presa ontem (dia 6) na operação Themis, em que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) investiga tráfico de drogas, a secretária Marisa Andrade Rocha (PSB) também tinha sido alvo de mandado de busca e apreensão na primeira fase da ação, realizada em 14 de janeiro. Vereadora licenciada de Três Lagoas, ela é apontada como chefe da quadrilha.

Na etapa de janeiro, decisão do juiz da 2ª Vara Criminal de Três Lagoas, Vinicius Pedrosa Santos, autorizou buscas na residência de Marisa Rocha na cidade e também num sítio, perto da foz do rio Sucuriu, junto a rio Paraná. Em 2013, no sitio da família da vereadora, a PM (Polícia Militar) apreendeu 192 quilos de maconha, cujo destino seria São Paulo, Estado que faz divisa com Três Lagoas.

Na ocasião, os policiais também localizaram Ludson Leonardo Mendes, que estava foragido e disse que Marisa sabia e o ajudava a se esconder. A situação acabou resultando na condenação da vereadora pelo artigo 348 do Código Penal, que consiste em “auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão”.

A condenação pode ser de um a seis meses de detenção. Em 2016, ela foi condenada a pena mínima, que acabou convertida em pagamento de R$ 3 mil. A defesa recorreu ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Em setembro do ano passado, a 1ª Turma Recursal Mista manteve a sentença.

“Como bem demonstrado na sentença proferida, e nas contrarrazões no Ministério Público, a ré permitiu que o acusado Ludson permanecesse em seu racho, auxiliando-o a escusar-se da responsabilidade penal, de que tinha ciência, pelo delito de tráfico de droga”.

No flagrante, ainda consta relato de que o autor de um homicídio se escondeu no mesmo sítio, mas ele se suicidou. O Campo Grande News não conseguiu contato com a defesa de Marisa Rocha. Ela foi levada para o presídio feminino de Três Lagoas. 

Tatiana posta foto com Marisa Rocha em rede social. (Foto: Reprodução/Facebook)
Tatiana posta foto com Marisa Rocha em rede social. (Foto: Reprodução/Facebook)

Foto no Facebook – Presa na primeira fase da operação Themis, que leva o nome da deusa que representa a Justiça, Tatiana Barroso Ferreira de Souza Amede tinha fotos com a vereadora no Facebook.

Na rede social, ela já prestou várias homenagens à figura política da cidade, tem fotos como cabo eleitoral e na posse da parlamentar em 2017. Em 14 de janeiro, ainda foi preso um policial militar, que tinha drogas dentro do 2º batalhão da PM (Polícia Militar). Já Jefferson Nogueira Gomes foi preso com munições.

O Gaeco investiga crimes de organização criminosa, coação no curso de processo, violação de sigilo, associação ao tráfico e tráfico. Hoje, a prefeitura de Três Lagoas divulgou a nomeação de um interino para comandar a Sejuvel (Secretaria de Esportes, Juventude e Lazer), pasta até então chefiada por Marisa.

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