ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 21º

Política

Com foco na Saúde, CPI abre trabalhos na 2ª feira em Corumbá

Aline dos Santos | 15/06/2012 10:38

Comissão ainda não teve acesso a documentos da operação Decoada

Câmara vai investigar denúncias após operação da PF.
Câmara vai investigar denúncias após operação da PF.

Criada no último dia 4, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara de Corumbá vai iniciar os trabalhos na próxima segunda-feira. De acordo com o presidente da comissão, Oseas Ohara de Oliveira (PMDB), o objetivo é apurar as denúncias da operação Decoada, realizada no dia 31 de maio pela PF (Polícia Federal).

Porém, ainda sem acessos aos documentos e gravações, o trabalho vai começar pela saúde pública. “Optamos por começar pela área de Saúde, bastante criticada”, afirma.

Na segunda-feira, a partir das 14h, serão ouvidos funcionários do Hospital de Caridade, onde documentos foram apreendidos e o diretor afastado pela Justiça. A unidade hospitalar está sob intervenção, sendo administrada pela prefeitura de Corumbá.

Conforme o vereador, a CPI vai ouvir o contador Mário Sérgio Aguiar, o tesoureiro Luiz Augusto Bezerra e o diretor-clínico Marco Antônio Cazolato.

A comissão tem o vereador Marcos de Souza Martins (PT) como relator e Antônio Vianna Galã (PMDB) como membro.

Na operação Decoada, foram presos o secretário de Finanças e Administração, Daniel Martins Costa; o ex-presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Rodolfo Assef Vieira, que deixou o cargo para disputar as eleições; o assessor de gabinete, Carlos Porto; e a gerente II da Secretaria de Gestão Governamental, Camila Campos Carvalho Faro. Todos já estão em liberdade.

O secretário de Finanças e Porto foram afastados de suas funções pela Justiça. A lista de afastamentos ainda inclui o secretário municipal de Saúde, Lauther Serra; diretor da junta interventora do Hospital de Caridade, Vitor Salomão Paiva; e os servidores Osana de Lucca, Márcio Androlage Chaves e Maria Vitória da Silva.

De acordo com o delegado da PF (Polícia Federal), Alexandre do Nascimento, as prisões e afastamentos foram por indícios de participação no esquema para lesar os cofres públicos. Ainda não foi determinado o tamanho do prejuízo, contudo, as fraudes envolvem milhões de reais em recursos federais. Escutas telefônicas apontam indícios de fraudes na área de Saúde e superfaturamento de show.

Segundo o prefeito Ruiter Cunha (PT), vários casos apontados como fraudes licitatórias e desvio de verbas pela CGU já foram rebatidos e esclarecidos pelos técnicos da prefeitura de Corumbá.

Nos siga no Google Notícias