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Política

Com staff do governo e estrutura enxuta, projeto gera pacote de obras

Em sua 3ª etapa, Governo Presente reúne 16 prefeitos em Aquidauana para reuniões cronometradas e apresentação de projetos

Humberto Marques e Leonardo Rocha | 03/10/2019 17:10
Equipe do governo estadual é deslocada a cidades-polo para realização do projeto. (Foto: Paulo Francis)
Equipe do governo estadual é deslocada a cidades-polo para realização do projeto. (Foto: Paulo Francis)

Na terceira das seis edições previstas, o projeto Governo Presente, da gestão estadual sul-mato-grossense, mobiliza nesta quinta e sexta-feira (3 e 4) um pequeno exército em Aquidauana –a 135 km de Campo Grande. Lideranças políticas e da sociedade civil de 16 municípios do Sudoeste e do Pantanal dividem-se em reuniões com duração de cerca de uma hora, na qual apresentam demandas que, em geral, focam na infraestrutura urbana e rural –recapeamento, pavimentação asfáltica e pontes de madeira lideram os pedidos entregues pessoalmente ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e integrantes de seu staff.

Assim que a última fase do Governo Presente for concluída, a administração estadual prevê lançar um pacote de obras contemplando as reivindicações apresentadas. Como meta, está a garantia de que cada um dos 79 municípios do Estado terá uma grande obra realizada em parceria com o Executivo, e que o projeto não ficará apenas na mobilização de dezenas de pessoas, nas filas de autoridades para reuniões ou nas 20 garrafas de café servidas diariamente no evento.

As equipes de atendimento chegam aos municípios-sede um dia antes dos atendimentos. Os municípios escolhidos não são os maiores, mas sim aqueles que favoreceram a logística de deslocamento de prefeitos, vereadores e lideranças. Em Aquidauana, serão representantes de 16 municípios que se dirigem à segunda unidade do Cras (Centro de Referência em Assistência Social). Em Três Lagoas, 13; e em Rio Verde, 12. Até aqui.

O balanço das atividades até aqui mostram preferência dos prefeitos por obras de infraestrutura, como pavimentação, recapeamento de vias, construção de pontes de concreto na zona rural, pavimentação de rodovias e de estradas de acesso a grandes empreendimentos para escoar a produção, além de ações em saúde. As demandas, após recebidas, são destinadas aos secretários e assessores especiais –alguns dos quais seguem para as regiões, caso em Aquidauana de Geraldo Resende (Saúde), Antônio Videira (Segurança), Maria Cecília Amêndola (Educação) e Jaime Verruck (Desenvolvimento Econômico).

Lideranças aguardam momento para entrar em sala de reunião com equipe do governo. (Foto: Paulo Francis)
Lideranças aguardam momento para entrar em sala de reunião com equipe do governo. (Foto: Paulo Francis)

Apesar da grande estrutura, a opção foi por uma estrutura enxuta: os atendimentos são realizados em um local onde há uma sala para cerimonial, uma para reuniões e o local de atendimento à imprensa. Cerca de 30 pessoas dão suporte aos serviços pelo Executivo (14 deles voltados à segurança, com o acesso de veículos ao local sendo restrito em um perímetro de duas quadras), marcados por movimentação intensa nos locais.

Cada delegação tem, em média, 45 minutos para apresentar suas demandas ao governador. O tempo é um pouco maior para os representantes do município-sede, que costuma representar uma delegação maior. Secretários falam com os representantes na saída de cada rodada de conversas, enquanto os próximos formam uma fila indiana para entrarem no local. Na espera, xícaras de café –foram dez garrafas apenas na manhã desta quinta-feira, com igual quantidade prevista para a tarde.

Ouvir para não errar – “O governo, quando vem até o interior do Estado ouvir os vereadores e prefeitos, direciona os recursos para as obras que estão precisando. Quem ouve mais, erra menos na hora de definir os projetos de gestão”, afirmou Reinaldo, em Aquidauana, reforçando que a fórmula não é nova –foi adotada em 2015, nos primeiros meses de seu primeiro mandato, e em 2017, com visitas ao interior.

Ele destacou a preocupação dos prefeitos com setores como infraestrutura (recapeamento, habitação e saneamento) e saúde, que serão catalogados e inseridos em um pacote de obras “para que as obras comecem a ser feitas nos próximos anos”. Ele ainda destacou a parceria com União e prefeituras para execução dos projetos. “É importante a parceira com os municípios”.

Governador afirma que pedidos apresentados agora vão integrar futuro pacote de obras. (Foto: Paulo Francis)
Governador afirma que pedidos apresentados agora vão integrar futuro pacote de obras. (Foto: Paulo Francis)

Gestação – Assessor especial responsável pela interlocução com o interior, Sergio de Paula destaca que o Governo Presente surgiu do Gabinete do Interior, modelo escolhido por Reinaldo e o secretário Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica) “de estar presente em todas as regiões do Estado e ouvir os prefeitos em seus municípios”.

Após ações realizadas na Costa Leste (em Três Lagoas), Centro-Norte (Rio Verde), Sudoeste e Pantanal (Aquidauana), serão realizadas reuniões em Naviraí (Centro-Sul), Dourados (Grande Dourados) e em Campo Grande, que terá uma ação exclusiva. “O governo escolhe dois dias para atender em um local recebendo prefeitos de toda a região, além de vereadores e representantes da socidade civil para aproximar o governo das pessoas”, disse.

“O programa foi criado baseado no conceito de ouvir as pessoas”, destacou Riedel, lembrando ainda do Ouvindo MS, utilizado na primeira campanha eleitoral para consultar o eleitorado sobre propostas que integrariam o projeto de governo. “É uma continuação e assim serão planejadas as obras que serão feitas nos próximos anos”, prosseguiu.

O secretário de Governo informou que foi escolhido o ano de 2019 para o projeto a fim de ser possível retornar às regiões “para ouvir demandas daqui em diante, e não as feitas no passado. Não é uma questão política, mas sim administrativa”.

Reuniões do Governo Presente acontecem na sede do Cras. (Foto: Paulo Francis)
Reuniões do Governo Presente acontecem na sede do Cras. (Foto: Paulo Francis)

Demandas – Na saída dos encontros, prefeitos destacavam algumas das demandas a serem incluídas no pacotaço de obras do Estado. Nido Albres (PSDB), de Anastácio, dizia aguardar a pavimentação asfáltica e reforma da escola estadual que atende a população indígena da cidade. Anfitrião, Odilon Ribeiro (PSDB), aguardava reforço financeiro para o Hospital Regional, que atende a região de Aquidauana, e a pavimentação do acesso do distrito de Taunay à BR-262, bem como a entrada da tubulação de gás natural na cidade. “O gás tubulado vem até Anastácio, poderia passar por aqui, também”, disse.

Guilherme Monteiro (PSDB), de Jardim, destacou foco na pavimentação e drenagem de vias urbanas e em ações de saneamento; ao passo que Odilson Ribeiro (PSD) retornou a Bonito com a notícia de aprovação das obras do anel viário da cidade e da Rodovia do Turismo –que, em 12 km, ligará atrativos turísticos no leste da cidade. Marcelo Ascoli (PSL) solicitou recapeamento de estrada de acesso a um frigorífico e sua extensão até a MS-162, que poderiam resultar na geração de novos postos de trabalho com a ampliação dos serviços no local.

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