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Política

CPI da Saúde tenta esclarecer denúncias com Adalberto Siufi

Zemil Rocha e Leonardo Rocha | 28/08/2013 14:45
Adalberto Siufi, pivô da "máfia do câncer", será ouvido amanhã na CPI do Câncer (Foto: Arquivo)
Adalberto Siufi, pivô da "máfia do câncer", será ouvido amanhã na CPI do Câncer (Foto: Arquivo)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde deverá repisar amanhã (29) temas já tratados com Adalberto Siufi, ex-diretor do Hospital do Câncer “Alfredo Abrão”, e Cláudio Saab, atual diretor do Hospital Universitário (HU). O objetivo é confrontar informações com as colhidas em depoimentos anteriores, como a do atual diretor do Hospital do Câncer, Carlos Alberto Coimbra, em depoimento à CPI no dia 1º de agosto.

Segundo o presidente da CPI da Saúde, deputado Amarildo Cruz (PT), a principal pauta com Adalberto Siufi vai ser sobre a aquisição de um aparelho de braquiterapia, no valor R$ 500 mil, sem autorização do Conselho Curador da entidade filantrópica. Como não havia uma sala especial para ser colocado, o aparelho acabou sendo entregue à Neorad, empresa de propriedade do ex-diretor. “Queremos saber também quais as ações terceirizadas que o Hospital do Câncer fez em radioterapia no período”, informou Cruz.

O ex-diretor Adalberto Siufi também será questionado sobre a denuncia de uso irregular de recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). Siufi é o pivô do escândalo da "máfia do câncer", denunciada por investigações da Polícia Federal, Ministério Público e Corregedoria Geral da União. Seu depoimento na CPI deveria ter ocorrido há mais de um mês, mas foi adiada devido à viagem de Siufi aos Estados Unidos.

Já Cláudio Saab, conforme Amarildo, será indagado se houve revisão dos contratos firmados pelo antecessor dele no Hospital Universitário, José Carlos Dorsa. “E se houve mudanças no HU após troca de direção”, apontou o presidente da CPI. Há denúncias de que a atual gestão nada mudou na gestão do HU. Saab deveria ter participado de audiência da CPI na na semana passada, mas alegou compromissos em Brasília.

Voz dissonante – Os dois depoimentos não serão importantes para a CPI da Saúde, na opinião deputado Lauro Davi (PSB), que integra a comissão. “Não vão acrescentar nada para relatório final”, justificou.

Alega que Adalberto Siufi já foi investigado pela Polícia Federal e que a CPI não irá acrescentar nada de novo. “Quanto ao Hospital Universitário, o foco principal deveria ser hospitais municipais e estaduais que possam desafogar Campo Grande e não gestão de hospital federal”, argumentou o socialista.

Para Lauro Davi, o mais importante é a CPI fazer visitas ao interior do Estado para saber quais são os problemas na gestão da saúde e propor soluções. “A CPI não foi feita para prender ninguém, e sim para apontar soluções”, defendeu o parlamentar.

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