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Política

Denúncia contra Vander cita empresa de fachada e advogado de MS

Edivaldo Bitencourt | 07/03/2015 09:39
Petista é o único político de Mato Grosso do Sul envolvido no escândalo (Foto: Facebook)
Petista é o único político de Mato Grosso do Sul envolvido no escândalo (Foto: Facebook)

O deputado federal Vander Loubet (PT) foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O petista, que atuava junto com o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PT/SP), é acusado de usar uma empresa de fachada para receber o dinheiro desviado da Petrobras. Os dois passaram a ter influência nas subsidiárias da estatal, como BR Distribuidora e Transpetro, em 2009, após a instalação da CPI pelo Congresso Nacional.

O deputado sul-mato-grossense foi citado nos depoimentos das delações premiadas do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro AlbertoYoussef. Em todo o depoimento, eles citam reuniões, encontros, repasses em espécie e depósito para o petista, mas, em nenhum momento, citaram valores.
Só falam em valores quando citam Vaccarezza, que teria recebido R$ 450 mil, em três parcelas de R$ 150 mil em espécie.

Segundo Paulo Roberto Costa, o pagamento para Vander Loubet foram feitos por meio da GFD Investimentos, de Brasília (DF). O pagamento foi feito em espécie no escritório do advogado Ademar Chagas da Cruz. Janot cita dois registros do advogado no escritório da GFD nos dias 13 e 23 de janeiro do ano passado.

De acordo com o doleiro Alberto Youssef, o advogado foi combinar o valor no primeiro encontro. No segundo, ele foi receber o dinheiro. Novamente, ele diz que não se lembra do valor repassado ao deputado federal de MS.

Em outro trecho, Youssef contou que Rafael Ângulo Lopez entregou dinheiro para Vander no escritório de Ademar em Campo Grande. A GFD Investimentos é uma empresa de fachada, conforme Janot, que recebia recursos e era operada por Pedro Paulo Leoni Ramos, que atuava nos fundos de pensão e nas subsidiárias da Petrobras.

Paulo Roberto Costa revelou que realizou várias reuniões com Loubet dentro e fora da Petrobras, no Rio de Janeiro, entre os anos de 2008 e 2009. Também se encontrou com a dupla na casa do lobista Jorge Luz. Ele contou que Vander recebia dinheiro, mas nunca pediu repasse para a campanha política. Vaccarezza é acusado de receber dinheiro desviado da Petrobras do cartel de empreiteiras por meio de doações oficiais.

O procurador-geral da República acusa Vander ainda de se associar ao ex-presidente e senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello (PTB), para controlar o esquema de corrupção nas subsidiárias da Petrobras.

Em uma das 28 petições encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal, Janot pede a abertura de inquérito contra Vander pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além das delações premiadas, a investigação deve aproveitar provas colhidas na Operação Bidone 2, da Polícia Federal.

Ontem à noite, o ministro Teori Zavasck acatou o pedido do MPF e abriu o sigilo dos inquéritos.

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