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Política

Deputados concordam com fim da reelição, mas divergem sobre financiamento

Leonardo Rocha | 28/05/2015 13:18
José Carlos Barbosa disse que o gestor sempre usa a máquina pública na reeleição, por isso é contra esta opção (Foto: Roberto Higa/ALMS)
José Carlos Barbosa disse que o gestor sempre usa a máquina pública na reeleição, por isso é contra esta opção (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Mara Caseiro ressaltou que se não for discutido os pontos principais, as reforma não existe (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Mara Caseiro ressaltou que se não for discutido os pontos principais, as reforma não existe (Foto: Roberto Higa/ALMS)

Os deputados estaduais concordaram com a votação da Câmara Federal que aprovou o fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos. Entretanto eles têm posições divergentes sobre o financiamento de campanha, já que alguns preferem o público, outros doação apenas para partidos, além de limite no valor.

José Carlos Barbosa (PSB) ressaltou que o fim da reeleição deve vir acompanhado por uma mandato de cinco anos, tempo suficiente para o gestor propor e executar seus projetos. “Sempre é injusto o executivo que tenta a reeleição, porque tem a sua disposição a máquina pública, toda estrutura disponível para fazer política”.

A deputada Antonieta Amorim (PMDB) ressaltou que com a reeleição, o gestor já pensa a longo prazo, com projetos e ações para 8 anos, o que na prática na maioria dos casos não é benéfico. “Entendo que cinco anos é o ideal, depois abre espaço para outros políticos trabalharem”.

Mara Caseiro (PT do B) também concordou com a decisão dos deputados federais, no entanto criticou o andamento da reforma política no Congresso (Nacional), já que tem tido poucos avanços. “Temos que buscar ações mais efetivas, como a unificação das eleições e financiamento público, mas nada disto ainda foi aprovado, por enquanto não tem reforma”, disse ela.

Já Amarildo Cruz (PT) também ressaltou ser favorável ao fim da reeleição, para que haja avanço na política e em diversos gestores, porém o tempo deveria ser estendido para cinco anos. “Acredito que seja razoável para o administrador realizar seus programas e projetos”.

Divergência – Sobre o financiamento de campanha, em que os deputados federais aprovaram a doação de empresas diretas aos partidos, os parlamentares de Mato Grosso do Sul têm opiniões contrárias e cada um apresenta uma proposta diferente.

“Precisa ser financiamento público, vamos deixar do jeito que está? Não basta todos os escândalos de corrupção nos últimos governos da presidente Dilma (Rousseff) e do presidente Lula?”, questionou Caseiro.

Já José Carlos Barbosa (PSB) propõe uma ideia mais radical, em que as empresas que fizerem doação de campanha a candidatos, se estes forem eleitos, elas não podem participar dos processos licitatórios. “Desta forma poderíamos ver se haverá redução das doações, se existia interesse, é uma proposta que dificilmente passaria no Congresso”.

Posição – Os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul votaram a favor do fim da reeleição, no entanto também tiveram posições diferentes sobre a doação privada direta para aos partidos. Neste cenário, Dagoberto Nogueira (PDT), Vander Loubet (PT) e Zeca do PT votaram contra, enquanto que Carlos Marum (PMDB), Geraldo Resende (PMDB), Tereza Cristina (PSB), Elizeu Dionísio (SD) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) se posicionaram a favor.

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