Mesmo sem Riedel e Azambuja, PSDB tem a meta de aumentar bancada de MS em 2026
Presidente Marconi Perillo afirma que estrutura com mais de 300 vereadores e 45 prefeitos será mantida

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, confirmou nesta segunda-feira (18) que a estrutura do partido em Mato Grosso do Sul será mantida sob a liderança dos três deputados federais tucanos eleitos pelo estado. O anúncio foi feito após reunião em Campo Grande com o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, que devem oficializar em breve a saída da legenda para se filiarem a outros partidos.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, anunciou que a liderança do partido em Mato Grosso do Sul ficará a cargo dos deputados federais Dagoberto Nogueira, Geraldo Resende e Beto Pereira, após a saída do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja. A mudança não afetará a estrutura robusta do PSDB no estado, que conta com 300 vereadores e 44 prefeitos. Perillo destacou a importância de manter a base partidária forte para as eleições de 2026, com o objetivo de reeleger os três deputados e potencialmente aumentar a bancada. Riedel deve se filiar ao PP e Azambuja ao PL, mas ambos continuarão aliados em nível estadual. O PSDB também planeja uma estratégia nacional para fortalecer sua presença nas próximas eleições.
Segundo Perillo, houve consenso entre as lideranças de que, apesar da mudança de rumo das duas lideranças, o PSDB continuará com protagonismo em Mato Grosso do Sul, agora sob responsabilidade dos parlamentares federais: Dagoberto Nogueira, Geraldo Resende e Beto Pereira.
- Leia Também
- Riedel promete pôr fim à novela partidária e anunciar destino na quarta-feira
- Azambuja se filia ao PL em setembro e garante que não quer “esvaziar” o PSDB
“Depois de um amplo entendimento, a gente acertou que o governador Riedel vai se filiar a um partido, o governador Azambuja vai se filiar a outro partido e os nossos três combativos deputados federais vão ficar liderando essa estrutura que foi construída em Mato Grosso do Sul, no PSDB”, declarou.
O dirigente destacou que a legenda possui uma das bases mais organizadas do país, resultado de anos de governo tucano em Mato Grosso do Sul. “O partido conta com 300 vereadores, 40 e tantos prefeitos, vários deputados estaduais da melhor qualidade. Há uma estrutura partidária aqui muito robusta, com muita musculatura. Essa estrutura ficará sob a liderança deles, com apoio do governador e do ex-governador”, afirmou Perillo.
A permanência dessa base, segundo ele, é essencial para que o PSDB siga como uma das principais forças políticas do estado. Atualmente, a sigla governa 44 dos 79 municípios sul-mato-grossenses, além de contar com representação expressiva na Assembleia Legislativa.
Para assegurar a competitividade da sigla, o presidente nacional garantiu suporte direto da direção nacional. “Nós vamos dar as garantias aos três deputados federais de Mato Grosso do Sul com o fundo eleitoral, com todo o apoio institucional que um partido como o PSDB pode oferecer”, disse.
A estratégia inclui a construção de uma base forte para as eleições de 2026, visando não apenas a manutenção das três cadeiras atuais na Câmara Federal, mas também a possibilidade de ampliar a bancada. “O caminho é esse: garantir a reeleição dos três deputados federais e, se possível, eleger mais um ou dois”, completou.
Durante o encontro, também ficou definido que Riedel e Azambuja seguirão caminhos diferentes fora do PSDB, mas ambos devem permanecer aliados em nível estadual. A saída das duas principais lideranças não significará ruptura com a estrutura partidária local, segundo Perillo. “Tudo isso foi conversado de forma clara, transparente e muito bem articulada”, frisou.
O governador Eduardo Riedel, último chefe do Executivo estadual eleito pelo PSDB no país e deve disputar a reeleição em 2026, mas por outra sigla, muito provavelmente o PP. Já Azambuja, que governou Mato Grosso do Sul entre 2015 e 2022, ingressar no PL para disputar o Senado no próximo pleito.
Além da definição em Mato Grosso do Sul, Perillo ressaltou que o PSDB trabalha em uma estratégia nacional para se fortalecer nas próximas eleições. A meta é mais que dobrar a bancada de deputados federais, conquistar assentos no Senado e apoiar candidaturas competitivas a governos estaduais.
O dirigente também reafirmou o papel histórico da sigla. “O PSDB tem uma história, tem um legado no Brasil, 37 anos de existência, criou os melhores programas e as melhores políticas públicas do país nessas últimas cinco décadas. Nós vamos manter esse legado”, concluiu.