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Política

Em baixa na disputa, Simone Tebet concorre à presidência do Senado Federal hoje

Partido da senadora deixou de apoiá-la ao buscar conchavos com o principal concorrente, apoiado por Alcolumbre e Bolsonaro

Guilherme Correia | 01/02/2021 09:56
Senadora Simone Tebet (MDB) em evento no início de 2020, em Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã/Arquivo)
Senadora Simone Tebet (MDB) em evento no início de 2020, em Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã/Arquivo)

Abandonada pelo próprio partido e primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal, a senadora Simone Tebet (MDB) é uma das cinco opções previstas para a eleição que acontecerá às 13h desta segunda-feira (1º), mas está em "baixa" na corrida pelo comando da Casa.

Ao Campo Grande News, a sul-mato-grossense afirma que sua candidatura "sai vitoriosa" independente do resultado da mesma, mas aguarda resultado. "Lutamos contra uma artilharia pesada de oferta de cargos e emendas. Nossas armas foram os ideais de um Senado independente e autônomo e o debate republicano de ideias", diz.

Atual presidente, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), encerra o período em que ficou a frente do cargo ocupado desde fevereiro de 2019, e declarou apoio ao candidato Rodrigo Pacheco (MDB-MG), também apoiado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo placar do jornal Estadão, o democrata é o favorito na disputa, já que possui estimativa de que 41 votos declarados por outros senadores, número necessário para que seja eleito.

Além disso, o próprio MDB (Movimento Democrático Brasileiro) deixou de apoiar a candidatura de Tebet, o que agravou a situação da candidata que tem 27 votos declarados, conforme o mesmo placar.

Tebet ressalta que seus "princípios e valores não têm curvas" e diz representar a mulher brasileira: "sei que posso estar abrindo as portas para outras mulheres participarem da política em postos de comando. Enfrentamos dificuldades, mas também somos desbravadoras. A primeira mulher a concorrer à presidência do Senado ser de Mato Grosso do Sul já é uma vitória", comenta.

Mesmo com previsão desfavorável, o próximo presidente será escolhido em votação secreta, o que pode levar a "traições" por parte dos parlamentares. Ou seja, que mesmo declarando apoio a um candidato, vote efetivamente em outro.

Entre os senadores de Mato Grosso do Sul, até o momento, a expectativa é de que Nelson Trad (PSD) vote em Pacheco, ao contrário da senadora Soraya Thronicke (PSL), que deve tentar eleger o candidato do próprio partido, Major Olimpio (PSL-SP).

Senado - Depois de tomar posse, quem for eleito define a realização de uma segunda reunião preparatória, para a escolha dos demais integrantes da Mesa: dois vice-presidentes e quatro secretários, com os respectivos suplentes.

Segundo Tebet, caso eleita, o primeiro passo a ser tomado é dialogar com o governo federal sobre a contribuição por parte do Congresso no combate à pandemia de covid-19, por meio do plano de imunização em massa dos brasileiros. Além disso, ela menciona importância na "pauta econômica", sobretudo com relação a prorrogação do auxílio emergencial.

A votação vai considerar eleito o candidato que obtiver: “maioria de votos, presente a maioria da composição do Senado”. Desde a promulgação da Constituição de 1988, todas as eleições tiveram quórum de pelo menos 72 senadores e todos os eleitos receberam pelo menos 41 votos, ou a maioria absoluta.

Além de Pacheco, Tebet e Olimpio, os senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Podemos-RS) completam a lista de quem oficializou candidatura para a Casa neste ano. Novos candidatos podem aparecer até o momento da votação.

Desde a sexta república brasileira, em 1985, dois entre os 17 presidentes do Senado eram de Mato Grosso do Sul: José Fragelli (MDB), o primeiro a ocupar o cargo, e Ramez Tebet (MDB), pai da atual candidata.

Todos eram do MDB, com exceção de Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), Edison Lobão (PFL-MA), que ocupou interinamente, o também interino Tião Viana (PT-AC), além de Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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