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Política

Em debate para eleição no PT, adjetivos reforçam divisão

Redação | 28/03/2009 11:57

Lideranças do PT, divididos em cinco correntes internas, estão reunidos neste sábado em locais diferentes, em Campo Grande, para discutir o processo de eleição para o Diretório Regional e a possibilidade de lançamento de candidatura própria ao governo do Estado.

Grosso modo, o partido tem alas ideologicamente mais a esquerda e outros bem mais próximos aos adversários como PSDB e PMDB.

Discussões que se intensificam com a proximidade das eleições para o diretório estadual, em novembro, serão definitivas para a disputa ao governo em 2010.

Nas reuniões de hoje, os participantes também devem definir os delegados para o Encontro Nacional do Movimento PT, que acontece nos dias 16 e 17 de maio, em Brasília.

O ex-governador Zeca do PT já anunciou que quer disputar as eleições, mas impõe como condição presidir o diretório estadual. Ele considera que só dessa forma poderá viabilizar a candidatura, diante de um partido dividido.

Apesar de nos encontros de hoje a palavra mais exposta à imprensa foi união, outros termos defendidos, como prioridade, deixam clara a divisão entre apoiadores e adversários à idéia de Zeca.

O senador Delcídio Amaral disse que o candidato natural à presidência do diretório é o atual presidente, deputado estadual Amarildo Cruz.

Ele destacou alguns comportamentos que podem ser nocivos ao partido, como o "egoísmo" e defende a importância do espírito "coletivo" da "renovação, explícita referência a imposição de Zeca pela candidatura própria e oposição à aliança com o PMDB, defendida pelo senador e por nomes como o deputado federal Antônio Carlos Biffi.

Os dois argumentam que a insistência em candidatura própria pode prejudicar a candidata à presidência da República, Dilma Roussef.

Biffi lembra que nas últimas eleições, o pior desempenho de Lula foi no Centro-Oeste, com menor votação regional em Mato Grosso do Sul, especificamente.

Segundo ele, "o PMDB não deve fechar com Serra ou com Dilma. Deve deixar os estados livres para optarem por um ou outro, mas o PT tem interesse em conseguir apoio de lideranças locais ao projeto de reeleição nacional."

A proximidade ficou ainda mais evidente com reunião secreta entre o governador André Puccinelli e José Dirceu, durante visita dele a Campo Grande. Delcídio confirma o encontro, mas não revela o conteúdo. "Sei, mas não vou contar".

Reportagens nos principais jornais e revistas do País revelam que José Dirceu foi homem escolhido para rodar o Brasil em busca de alianças com o PMDB para a eleição de Dilma. Um dos estados com maior resistência seria Mato Grosso do Sul.

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