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Política

Em encontro com prefeitos, ministra garante ajuda e reunião com Dilma

Apesar das verbas liberadas, prefeitos dizem que valores não são suficientes e precisam resolver questão do FPM

Nyelder Rodrigues | 13/11/2012 20:06
Presidente da Assomasul, Jocelito Krug, reafirma dificuldades dos municípios e que prefeitos precisam de ajuda (Foto: Helton Verão)
Presidente da Assomasul, Jocelito Krug, reafirma dificuldades dos municípios e que prefeitos precisam de ajuda (Foto: Helton Verão)

A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, garantiu nesta terça-feira (13) uma série de medidas em resposta aos pedidos feitos na manifestação que paralisou várias prefeituras na última quarta-feira (7).

O pacote de ajuda foi divulgado durante reunião com a Confederação Nacional de Municípios (CNM). Pelo menos 34 prefeitos do Mato Grosso do Sul foram à Brasília participar do encontro.

Entre as medidas anunciadas e que atendem as reivindicações dos prefeitos, está o pagamento até a próxima sexta-feira (16) do FEX (Fundo de Exportações) devido aos municípios, que soma a quantia de R$ 1,9 bilhão.

Já nesta quarta-feira (14), uma Medida Provisória (MP), será publicada no Diário Oficial da União, permitindo que os municípios parcelem as dívidas previdenciárias e possam receber repasses do governo. Mais de R$ 1,5 bilhão devem ser liberados até o final de 2012, em RAP (Restos a Pagar).

Quanto à questão principal, a dos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), a ministra se comprometeu que o fundo será nominal, assim como ocorreu em 2009. Uma reunião entre Salvatti e a presidente Dilma Rousseff será realizada no próximo dia 29 para debater um possível aumento do repasse da verba federal a prefeituras pelo FPM.

Não é suficiente - Apesar das medidas anunciadas pelo governo federal, alguns prefeitos ainda estão preocupados e acreditam que o não vão conseguir escapar de punições da Lei de Responsabilidades Fiscal (LRF).

Entre os prefeitos, está o Chapadão do Sul, Jocelito Krug, que também é presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). “Estamos passando sérias dificuldades e ninguém aqui quer sair da carreira política preso. Eu quero honrar minha trajetória e minha família, e não vou sair como um ladrão. Os prefeitos estão clamando por ajuda”, declarou.

Krug também comenta que o objetivo é abrir diálogo com o governo sobre o FPM, levando em conta a realidade dos municípios. “O governo mexeu no caixa e deixou os gestores na mão na hora de pagar as contas”, reclama.

Já o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirma que as medidas ajudam, mas não resolvem o problema. Ele explica que o FPM vai desfalcar as prefeituras em mais de R$ 1,8 bi, e que os valores precisam ser cobertos.

“O FPM é a maior urgência dos prefeitos no atual momento que o fechamento de contas não bate, e nos esperávamos que o governo atendesse esse pedido. São mais de três mil prefeitos que podem ser fichas sujas e essas medidas ajudam, mas não tiram a corda do pescoço de ninguém”, conta Ziulkoski.

Royalties – Outro assunto que fez parte da pauta de discussão foi a redistribuição do repasse dos royalties do petróleo do pré-sal. Conforme Ideli Salvatti, Dilma vai analisar a questão até o final do prazo, 30 de novembro, para sancionar integral ou parcialmente o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados na última quinta-feira (8).

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