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Política

Empréstimo de Credigente a assessora de vereadora causa polêmica

Leonardo Rocha | 12/05/2015 13:36
Assessora da vereadora Luisa Ribeiro recebeu empréstimo do Credigente, que foi autorizado por seu marido, coordenador do programa (Foto: Divulgação/CMCG)
Assessora da vereadora Luisa Ribeiro recebeu empréstimo do Credigente, que foi autorizado por seu marido, coordenador do programa (Foto: Divulgação/CMCG)

O empréstimo no valor de R$ 2,5 mil à assessora da vereadora Luiza Ribeiro (PPS), Marizete Grance Romeo Neiva, através do programa Credigente (Programa de Microcrédito Produtivo e Solidário) gerou polêmica, pelo fato do marido, Ivan Neiva Júnior, ser o coordenador do programa na Capital, e ter somente ele autorizado este benefício.

Marizete confirmou ao Campo Grande News que fez este empréstimo no valor citado, mas que atendeu a todos os critérios especificados no programa e que utilizou o nome de solteira, porque mesmo após ter casado, não mudou seus documentos pessoais. “Não fiz um novo RG ou CPF, se trata de uma opção agora, não houve qualquer irregularidade neste sentido”, disse ela.

A assessora também respondeu que o empréstimo teve a assinatura do marido, porque era o procedimento padrão. “Na época tinha uma empresa de vendas, na qual tive acesso a este crédito e paguei o empréstimo em 18 parcelas, tanto que este débito já foi quitado, não ganhei ou fiquei com este dinheiro”, ponderou.

Luiza ainda ressaltou que esta “polêmica” foi gerada por questões políticas, já que estes contratos do Credigente não tem nada haver com seu mandato na Câmara. “Estão tentando relacionar esta situação comigo, pelo fato de ser minha assessora, mas não vejo nada de irregular, por ela ser esposa não pode participar do programa”, questionou.

Investigação – A Procuradoria Geral do Município encaminhou em dezembro do ano passado, ao MPE (Ministério Público Estadual), abertura de inquérito de improbidade administrativa para investigar o ex-diretor-presidente da Funsat, Aldo Donizete, e Ivan Neiva Júnior, então coordenador do Credigente (Programa de Microcrédito Produtivo e Solidário).

A prefeitura solicitou a investigação porque os gestores liberaram de 29 de junho de 2013 e 26 de maio de 2014, de R$ 676.889,16, que foi distribuído a 181 beneficiários sem a aprovação do Comitê de Crédito, órgão colegiado com prerrogativa de conceder ou não o benefício.

Além disto, os créditos concedidos irregularmente somaram, em março de 2014, inadimplência de 49,48%, estratosférica para os padrões de microcrédito, que não devem ultrapassar os 3% dos valores liberados.

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