Governo garante avanços para exportação de carne bovina e suína ao Japão
Riedel e Verruck tratam com autoridades japonesas inclusão do Estado na lista de frigoríficos habilitados
RESUMO
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Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, busca ampliar exportações de carne bovina e suína para o Japão. Em negociações com autoridades japonesas, foram discutidas as barreiras sanitárias e estratégias para acesso ao mercado. A expectativa é que a partir de novembro, frigoríficos do estado sejam habilitados para exportar carne bovina. Para a carne suína, o objetivo é aumentar o acesso a mercados de alto valor agregado, com o Japão como alvo principal. A missão busca destravar barreiras comerciais e ampliar o mercado para produtos sul-mato-grossenses. Riedel destacou a importância do diálogo direto com autoridades e empresários para concretizar os negócios. A comitiva segue para Singapura, onde dará continuidade à agenda de promoção comercial e atração de investimentos.
No último compromisso no Japão, antes de seguir para Singapura, o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, avaliaram como “passos importantes” as negociações realizadas para abrir o mercado japonês à carne bovina e suína produzida em Mato Grosso do Sul. A conversa, feita no aeroporto enquanto aguardavam o voo, destacou as barreiras identificadas e as estratégias para ampliar as exportações ao país asiático.
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“Pessoal, nós estamos aqui aguardando o voo para o Singapura e começando com o Jaime sobre essa iniciativa de abrir o mercado de carne bovina para o Mato Grosso do Sul. Então Jaime, queria que você passasse um pouquinho o seu sentimento para quem está assistindo aqui”, introduziu Riedel, ao abrir espaço para que o secretário detalhasse os avanços obtidos nas reuniões com autoridades e empresários japoneses.
Segundo Verruck, o trabalho no Japão envolveu agendas específicas para carne bovina e carne suína, com perspectivas distintas, mas igualmente estratégicas para o Estado. “Nós temos duas situações distintas entre a questão do mercado de carne bovina e o mercado suino. No caso do mercado bovina, o mercado japonês, a gente identificou muito claramente as restrições estabelecidas pelo mercado japonês em relação à aquisição de carne bovina. Mas existe um trabalho muito forte, inclusive junto ao Ministério da Agricultura, para a abertura desse mercado a partir do mês de novembro”, disse.
“Inicialmente para aqueles estados que tiveram o status de livre aftosa há dois anos atrás estabelecido, o caso do Mato Grosso do Sul e os outros estados brasileiros eles tiveram apenas esse ano. Então, a primeira reunificação que nós fizemos foi que também os estados como o Mato Grosso do Sul sejam incluídos nessa lista de habilitação de frigoríficos para poder fazer a venda da carne bovina para o Japão”, explicou o secretário.
Ainda de acordo com Verruck, no caso da carne suína, a expectativa é ampliar consideravelmente o acesso a mercados de alto valor agregado, tendo o Japão como destino prioritário. “Nós sempre, no Mato Grosso Sul, destacamos muito que a partir do status de livre de febre de aftose, nós ampliaríamos de uma maneira significativa o mercado de carne suína. E o mercado japonês acho que é o mais relevante. Acho que são dois caminhos que nós começamos a construir aqui junto ao governo japonês e que a gente vai obviamente continuar trabalhando com as associações, com os produtores e também com o Ministério da Agricultura”, afirmou.
Para Riedel, estar presente nos países importadores e dialogar diretamente com autoridades é um fator decisivo para destravar barreiras comerciais. “Sempre é importante a gente estar com essa conexão direta com os mercados. Claro que as empresas que fazem o negócio em si, mas aqui na Ásia, passa muito pelos governos de uma maneira geral, é importante que a gente esteja conversando com os atores protagonistas dessa liberação, como a gente tem feito aqui. Então vamos continuar trabalhando aí pelo desenvolvimento do nosso MS”, disse.
O mercado japonês é considerado um dos mais exigentes do mundo em termos sanitários e de qualidade, mas também um dos mais rentáveis.
Após concluir a agenda no Japão, a comitiva de Mato Grosso do Sul desembarcou em Singapura à meia-noite (horário local). Após imigração, retirada de bagagens e traslado, a chegada ao hotel ocorreu por volta das 1h30. O cronograma no país será intenso: às 8h, reunião no Ministério da Indústria; às 9h30, encontro na embaixada brasileira; às 11h, reunião com a associação de importadores de proteína animal; às 14h, agenda com executivos brasileiros; e às 17h, encontro com um grupo de empresários com investimentos no Brasil.
Essa é a terceira etapa da missão asiática de Mato Grosso do Sul, que já passou pela Índia e pelo Japão, e segue com o objetivo de ampliar mercados para os produtos sul-mato-grossenses e atrair investimentos privados para o Estado.