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Política

Manutenção de secretário acusado de receber propina preocupa vereadores

Fabiano Arruda | 11/01/2013 15:49
Ex-presidente da Casa, vereador Paulo Siufi diz que acompanha o caso com preocupação. (Foto: arquivo)
Ex-presidente da Casa, vereador Paulo Siufi diz que acompanha o caso com preocupação. (Foto: arquivo)

Vereadores de Campo Grande mostraram preocupação com o fato de o secretário Gustavo Freire, que acumula as pastas de Finanças e de Governo na Prefeitura, ser alvo de processo na Justiça Federal sob acusação de participar de um esquema de recebimento de propina para liberar cargas, em Corumbá, quando trabalhou como auditor fiscal na cidade.

O prefeito Alcides Bernal (PP) já adiantou, em entrevistas, que vai manter suas nomeações no primeiro escalão. 
“Tudo que começa mal termina mal”, declarou o vereador Airton Saraiva (DEM) nesta sexta-feira. “É uma preocupação para a Câmara ter um secretário investigado pelo Ministério Público Federal”.

Para o democrata, um integrante de primeiro escalão de uma prefeitura de capital deveria ter ficha limpa. Ele ainda destacou que o currículo sem “máculas” na política esteve no centro dos discursos de Bernal durante a campanha.

Segundo Saraiva, a Câmara tem de debater o assunto assim que iniciar os trabalhos no mês que vem. O vereador ainda estranhou a situação, já que, conforme ele, o progressista demorou a nomear seus secretários. “Ele precisa fazer uma avaliação”

Paulo Siufi (PMDB), ex-presidente da Casa, também se definiu preocupado. “Creio que ele (Bernal) desconhecia o passado do secretário”, comentou, fazendo coro a “Ficha Limpa” na administração pública.

No entanto, o peemedebista diz que o julgamento do caso tem de ser feito pela Justiça. “Se for culpado, a Câmara tem de exigir a saída dele”, explicou, ressaltando que, como vereador, vai auxiliar o trabalho do novo prefeito, contudo, vai criticar o que “estiver errado”.

Por outro lado, o vereador João Rocha (PSDB) avalia que as escolhas do secretariado são de total responsabilidade do chefe do Executivo Municipal. “O Bernal escolhe o perfil que deseja e as potencialidades. Ele tem liberdade para escolher o primeiro escalão”, frisou, destacando que as informações sobre o secretário de Receita e Governo devem ter comprovação. “Temos que aguardar fechar o primeiro escalão e analisar o trabalho para depois se posicionar”.

O caso – Freire é acusado de ter participado de esquema que cobrava propina para liberar cargas de uma refinaria de petróleo sem o pagamento de tributos ou marcação de mercadoria enquanto exercia o cargo de auditor da Receita em Corumbá entre os anos de 2007 e 2008.

Ação do MPF, ajuizada em dezembro do ano passado, aponta que o “supersecretário” e outros dois auditores, um empresário e dois despachantes aduaneiros participavam do esquema, que teria dado prejuízo à União que ultrapassa de R$ 1 milhão.

O processo é desdobramento da Operação Vulcano, desencadeada pela Polícia Federal, numa investigação da corregedoria da Receita, que motivou a ação.

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