Marquinhos vai pedir ao MPE que terceirizados voltem ao trabalho
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), disse que vai pedir, ainda nesta segunda-feira (2), ao procurador-geral de Justiça do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), Paulo Cezar Passos, para que os funcionários terceirizados da Omep e Seleta retornem às suas funções até que tenha uma decisão definitiva.
Para o chefe do executivo, os funcionários não devem pagar pela “má gestão” de governos anteriores e acredita que o “bom senso” vai prevalecer. “Quero que retornem porque não é justo que pessoas que foram assíduas paguem pela má gestão. Vou pedir um voto de confiança ao Ministério Público de que não vai haver problemas na frequência”, destacou Trad.
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Comissão de vereadores - A Câmara Municipal de Campo Grande, em sessão extraordinária no domingo (1º), criou uma comissão para acompanhar o caso dos funcionários terceirizados da Omep (Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar) e Seleta (Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária), que ficaram sem emprego e ainda não tiveram o acerto da rescisão.
A criação foi sugestão do vereador Valdir Gomes (PP), que lembrou a condição de 4 mil funcionários, que ficaram desempregados e não têm previsão para receber os seus direitos. "Tem pessoas que ficaram sem natal e ano novo, a partir de agora teremos um acompanhamento mais perto deste processo", disse o parlamentar.
Fazem parte deste grupo os vereadores: Valdir Gomes (PP), Cida Amaral (PTN), Lucas Lima (SD), Hederson Fritz Morais (PSD), Pastor Jeremias (PT do B), Airton Araújo (PT), Dharleng Campos (PP), Epaminondas Vicente Silva Neto (SD) e Francisco Gonçalves (PSB).
Decisão da justiça - A pedido do MPE (Ministério Público Estadual), o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, determinou, no dia 15 de dezembro de 2016, o rompimento dos contratos.
A decisão foi tomada três dias depois que força-tarefa comandada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Urutau e prendeu três pessoas – dentre elas a presidente da Omep, Maria Aparecida Salmaze – ligadas a suposto esquema de desvio de dinheiro dos cofres municipais por meio das entidades classificadas pelo MP como “indústria de fantasmas”.
Também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e sete de condução coercitiva.
Para substituir os 4 mil demitidos, o MPE recomendou que a prefeitura faça contratos temporários com trabalhadores que ocupem cargos em unidades que oferecem serviços essenciais.