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Política

Olarte vê ação para desestabilizar administração com ataque em creche

Edivaldo Bitencourt e Alan Diógenes | 10/09/2014 15:37
Durante visita a creche atacada por menores, prefeito diz que querem dar golpe político (Foto: Marcelo Calazans)
Durante visita a creche atacada por menores, prefeito diz que querem dar golpe político (Foto: Marcelo Calazans)

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), afirmou, na tarde de hoje (10), que a depredação a uma creche no Jardim Moema, na saída para São Paulo, faz parte de uma orquestração de adversários para desestabilizar a administração municipal. Em decorrência do vandalismo, as aulas no CRAS (Centro Regional de Assistência Social) Lili Fernandes da Cunha ficaram suspensas de segunda-feira até hoje.

No entanto, o chefe do Executivo não considerou a depredação da creche um simples ato de vandalismo. “Isso não passa de um golpe político de alguém que quer desestabilizar meu governo”, afirmou o prefeito, durante a visita ao estabelecimento acompanhado da primeira-dama, Andreia Olarte, e assessores.

Na tarde de domingo, um adolescente e duas crianças invadiram o CRAS e promoveram ações de vandalismo, quebraram janelas e jogaram latas de tinta fora.

Para Olarte, a semana foi marcada por ações orquestradas para desestabilizá-lo politicamente. “Teve outros acontecimentos”, afirmou, sem revelar os fatos.

No ataque do CRAS do Jardim Moema, segundo o prefeito, o principal indício de que a ação faz parte de um golpe político é que os três menores não roubaram a televisão. Eles apenas teriam destruído o aparelho de TV, mas não o roubaram.

“Não tenho medo de cara feia, vou enfrentar o que vier pela frente”, anunciou o prefeito, prevendo uma grande batalha política.

Sobre a creche depredada, a Prefeitura refez a pintura e consertou os estragos. Segundo Olarte, até a quadra de esportes, que estava desativada, será pintada durante mutirão da comunidade e deverá voltar a funcionar em breve.

O comandante da Guarda Municipal, coronel Jonhy Cabreira, anunciou reforço na segurança do CRAS Lili Fernandes da Cunha. Guardas municipais vão se revezar para garantir vigilância do local por 24 horas. Além disso, três equipes vão reforçar as rondas pelo bairro.

Para as mães, o transtorno foi viabilizar locais para deixar as crianças por três dias. “É um transtorno total”, afirmou a dona de casa Lúcia Ziolkowski, 58, que tem um neto no CRAS. Ela contou que ouviu o barulho durante a depredação da creche e acionou a polícia ao constatar que se tratava de atos de vandalismo. “Muitas ficaram sem lugar para deixar as crianças”, lamentou-se.

Já a dona de casa Tomázia Salazar de Campos, 61, ficou sem trabalhar de segunda-feira até hoje porque não tinha onde deixar os dois netos. Ela contou que cuida deles porque a filha, usuária de drogas, está internada.

Segundo a Prefeitura de Campo Grande, 156 crianças deixaram de ser atendidas por três dias por causa dos ataques.

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