ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 32º

Política

Para TRE, conflito entre ex-dirigente do PSL e Soraya é “problema” da sigla

Por 6 votos a 0, plenário confirmou decisão de desembargador negando prosseguimento à Ação de Investigação Judicial Eleitoral

Anahi Zurutuza | 23/07/2019 09:02
Soraya Thronicke em entrevista ao Campo Grande News no ano passado, durante a campanha eleitoral (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)
Soraya Thronicke em entrevista ao Campo Grande News no ano passado, durante a campanha eleitoral (Foto: Marina Pacheco/Arquivo)

Mais uma vez, o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) entendeu que denúncias feitas pela senadora Soraya Thronicke (PSL) contra seu primeiro suplente Rodolfo Oliveira Nogueira é um “problema” interno, que tem de ser resolvido pelo partido, e negou prosseguimento à Ação de Investigação Judicial Eleitoral.

A informação é de Maitê Nascimento Lima, advogada do escritório de Ary Raghiant, que acompanhou julgamento na noite desta segunda-feira (22). A decisão ainda não foi publicada.

Soraya e seu segundo suplemente, Danny Fabrício Cabral Gomes, também sócio dela em escritório de advocacia, fizeram acusações contra Rodolfo no dia 6 de outubro do ano passado, véspera do primeiro turno das eleições, quando a senadora era ainda candidata e o acusado presidente do PSL no Estado.

A briga entre a senadora e o ex-dirigente partidário – hoje, ela é presidente da legenda – chegou à denúncia de ameaça. Soraya registrou boletim de ocorrência contra o colega de partido e durante a campanha eleitoral, usou colete à prova de balas.

À Justiça Eleitoral, contudo, a então candidata pediu a ilegibilidade do suplente.

Conforme o pedido de investigação entregue ao TRE-MS, após a aprovação da chapa do PSL na convenção partidária estadual, “fatos gravíssimos ocorreram” e prejudicaram a campanha eleitoral de Soraya e de Jair Bolsonaro no Estado.

A senadora e Danny Fabrício alegam ainda que Dorival Betini, então candidato a senador pelo Partido da Mulher Brasileira, ou alguém a seu mando, teria imprimido na Gráfica Exata, adesivos vinculando seu nome e número ao de Bolsonaro, sem reação do presidente regional do PSL.

Comitê do PSL em Campo Grande durante a campanha eleitoral (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Comitê do PSL em Campo Grande durante a campanha eleitoral (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Outra situação denunciada é de que santinhos de candidatos do PSL a deputado estadual trazia os demais campos em branco, ou seja, sem divulgar o número de Soraya ao Senado e de Bolsonaro para a Presidência. Já outros santinhos de candidato do PSL estampavam os números de Nelson Trad Filho (PTB) e Marcelo Miglioli (PSDB), adversários de Soraya na corrida pelo Senado.

Na ação, Soraya e Danny pedem os recibos de pagamento das gráficas responsáveis pela confecção de todo o material gráfico indicado no processo e confeccionado pela coligação com os nomes de candidatos ao Senado de outros partidos.

Eles também pedem à Justiça Eleitoral que seja reconhecido o abuso de poder político e econômico, condenando Rodolfo ao pagamento de multa e declaração de sua inelegibilidade, além da cassação do eventual registro ou diploma do candidato diretamente beneficiado.

Trâmite – Em novembro, o desembargador Sérgio Martins já havia decidido pela extinção do processo e na sessão de ontem, por seis votos a zero, o plenário confirmou a decisão anterior.

“Basicamente, o entendimento dos desembargadores é que esta é uma questão a ser resolvida dentro do partido e não no Judiciário. Um deles até citou que dentro da legenda houve uma discussão que não resultou em nada e por isso, não há motivo para prosseguir com a ação”, explicou Maitê Nascimento.

Nos siga no Google Notícias