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Política

PDT mantém divisão, mas aceita interferência nacional

Redação | 16/09/2009 12:00

O PDT ainda está dividido em Mato Grosso do Sul, mas vai aceitar interferência da cúpula nacional, que determinou a formação de uma comissão provisória, assim que se encerrar o mandato do deputado estadual Ary Rigo à frente do partido.

Rigo e os colegas Onevan de Matos e Antônio Braga estiveram ontem em Brasília, conversando com o ministro Carlos Lupi. Ficou acertado que não haverá qualquer intervenção antes do fim do mandato de Rigo, em 20 de outubro.

Em recente visita ao Estado, Lupi determinou a formação de uma provisória e aumentou o racha no partido.

Enquanto o deputado federal Dagoberto Nogueira defende que o partido apóie Zeca do PT nas eleições do ano que vem, o deputado Ary Rigo quer que a discussão seja feita posteriormente.

Hoje o partido faz parte da base aliada ao governo de André Puccinelli (PMDB) e ocupa cargos na administração estadual.

Depois do encontro com Lupi, nesta terça-feira, o grupo de Rigo diz que as discussões das últimas semanas não passaram de um mal entendido.

"Houve um desencontro de informações. Acabamos entendendo que a determinação do ministro foi boa para serenar os ânimos no partido, para que ele fique coeso", declarou nesta manhã o deputado Antônio Braga, que participou da reunião em Brasília.

Braga disse que é consenso a importância de Dagoberto ser candidato ao Senado em 2010.

"Todo o PDT entende hoje que o Dagoberto precisa disputar o Senado, não importa se será na chapa do Zeca ou do André. Isso independe das correntes que hoje estão formadas. Nós também temos que ter uma chapa competitiva para deputado federal, esse é o nosso entendimento", disse.

Braga afirmou que o entendimento interno no partido é interesse do deputado Ary Rigo e do futuro dirigente do partido, João Leite Schimidt, a quem ele não impôs restrições.

"Acho que o Schimidt tem todas as condições para isso, ele é uma pessoa muito conhecedora da política e em várias oportunidades atuou como pacificador", opinou.

Mesmo com o entendimento em Brasília, Braga admitiu que, pelo menos por enquanto, o PDT permanecerá dividido.

"Há tendências que defendem a candidatura do Zeca e outras defendem o André, mas acho que essa divisão é salutar, faz parte da democracia", declarou.

Presidente regional do partido, Rigo preferiu não fazer maiores comentários sobre o encontro. Enfatizou que fica no comando do PDT até dia 20 de outubro.

Também informou que a direção nacional pedetista deve definir na próxima terça-feira os destinos do partido em Mato Grosso do Sul.

Já Onevan de Matos, que também participou da reunião, afirmou que os deputados foram a Brasília para "mostrar os dois lados", após os desentendimentos ocorridos com Lupi no Estado. "Fomos levar a nossa versão dos fatos", disse.

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