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Política

Pecuarista de MS intermediou empréstimo para pagar chantagem, diz revista

Edivaldo Bitencourt e Leonardo Rocha | 07/04/2014 10:10
Bumlai e o ex-presidente Lula: amigos e pagamento por chantagem, segundo a Veja (Foto: Reprodução)
Bumlai e o ex-presidente Lula: amigos e pagamento por chantagem, segundo a Veja (Foto: Reprodução)

O empresário Marcos Valério, condenado pelo mensalão do PT, acusou o pecuarista sul-mato-grossense, José Carlos Bumlai, de usar a Petrobras para pagar R$ 6 milhões a um empresário e evitar a divulgação de denúncias em 2003. Segundo a revista Veja desta semana, Ronan Maria Pinto ameaçou envolver o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Bumlai, que é amigo de Lula e do ex-governador e vereador Zeca do PT, pagou o suborno ao chantagista, que ameaçava Lula, o chefe da Casa Civil na época, José Dirceu, e o secretário geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

De acordo com a Revista Veja, esta acusação de Marcos Valério foi feita em depoimento à Procuradoria da República, que investiga estes detalhes.

Bumlai, conforme a revista, fez o empréstimo. No entanto, para quitar, usou a Petrobras. A estatal, que pode ser alvo de uma CPI no Congresso Nacional, ampliou o contrato com uma construtora (Schalin) ligada ao banco, que simulou a prestação do serviço no valor do empréstimo e o financiamento foi quitado.

Desta forma o PT se livrou de um escândalo no início da gestão de Lula e o chantagista comprou um jornal que investigava as denúncias em Santo André. Segundo a revista, esse é um dos motivos do pecuarista, por sua lealdade ao presidente, ter ganho acesso irrestrito ao Palácio do Planalto.

A reportagem (Veja) apontou que o PT controla três diretorias da Petrobras, sendo a internacional, de serviços e exploração de produção. Nesta terceira é que este negócio foi executado por José Carlos Bumlai e o ex-diretor da estatal, Guilherme Estrella, que ficou no cargo até 2012.

Conforme a Veja, o pecuarista sul-mato-grossense e a construtora negaram ter realizado a operação e pago o suborno.

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