ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, TERÇA  19    CAMPO GRANDE 26º

Política

PF criou até grupo exclusivo, mas “sumiu” com apuração de atentado a deputado

Da bancada da bala, Loester Carlos disse à reportagem que cobra, regularmente, os resultados da investigação

Aline dos Santos | 06/07/2020 12:37
Veículo de deputado foi levado em 17 de fevereiro para a a sede da Polícia Federal, em Campo Grande . (Foto: Henrique Kawaminami)
Veículo de deputado foi levado em 17 de fevereiro para a a sede da Polícia Federal, em Campo Grande . (Foto: Henrique Kawaminami)

Apesar de ser tratado como prioridade pela PF (Polícia Federal), o suposto atentado contra o deputado federal Loester Carlos Gomes de Souza (PSL), eleito na condição de aguerrido bolsonarista e expoente da “bancada da bala”, já se aproxima dos cinco meses sem nenhuma resposta. Desta forma, permanecem em aberto as indagações sobre a autoria e motivos.

A notícia do ataque a tiros foi divulgada em 16 de fevereiro, um domingo, nas redes sociais do parlamentar.  A emboscada foi na rodovia, a caminho de Sidrolândia, que dista 70 km de Campo Grande.

Na ocasião, Loester Carlos alegou ser vítima e revidou ao ataque. Imagem anexada à postagem no Facebook mostrou um Toyota Corolla, onde o deputado viajava, com vidros estilhaçados e marcas de bala.

Logo no dia 17 de fevereiro, uma segunda-feira, a Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande divulgou nota informando sobre a formação de uma equipe exclusiva para investigar o caso.

Conforme o comunicado à imprensa, a PF informou que a investigação será prioritária. “Foi formada equipe para trabalhar com exclusividade para a elucidação do caso, em todos os seus aspectos”, prometeu.

Nesse quase cinco meses, o questionamento do Campo Grande News sobre o suposto atentado é respondido com um texto padrão: “não comentamos investigação em andamento”.  A pergunta foi reiterada nesta manhã, mas não houve resposta até à divulgação da matéria.

Já o deputado informou à reportagem que cobra, regularmente, os resultados da investigação. Questionado se permanece com escolta policial, Loester Carlos disse, por meio da assessoria de imprensa, que “adotou novas e inúmeras medidas para sua proteção, que por medidas de segurança não podem ser divulgadas”.

Conforme levantamento do Campo Grande News, o último caso similar de ataque a político em estrada foi registrado em 2008, contra o então deputado estadual Ari Artuzi (já falecido), e entrou para a história como fake news. À época, a perícia da Polícia Civil desmontou, ponto a ponto, a versão apresentada pelo político.

Nos siga no Google Notícias