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Política

Prefeito diz que sofre pressão contra alteração em aposentadoria da Guarda

Vereadores votam hoje emenda do prefeito para tornar integral a aposentadoria dos guardas civis metropolitanos

Caroline Maldonado e Adriel Mattos | 24/08/2021 09:43
Prefeito Marcos Trad (PSD) e guarda metropolitano, durante formatura de 220 guardas treinados para atirar com armas mais potentes. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)
Prefeito Marcos Trad (PSD) e guarda metropolitano, durante formatura de 220 guardas treinados para atirar com armas mais potentes. (Foto: Arquivo/Paulo Francis)

Os vereadores da Capital devem votar hoje (24), emenda da Prefeitura à LOM (Lei Orgânica Municipal) para tornar integral a aposentadoria dos guardas civis metropolitanos, igualando assim, à aposentadoria da Polícia Militar.

A proposta é polêmica no Brasil todo, porque guarda não é polícia, no entanto, reivindicam direitos iguais, afinal, sentem que trabalham com cada vez mais atribuições na Segurança Pública, inclusive, em relação aos armamentos.

Vereadores na Câmara Municipal da Capital, onde emenda será votada hoje. (Foto: Divulgação/CMCG)
Vereadores na Câmara Municipal da Capital, onde emenda será votada hoje. (Foto: Divulgação/CMCG)

Mudança - Atualmente, o texto da lei orgânica diz que os proventos das aposentadorias devem corresponder a 60% da média aritmética definida conforme lei previdenciária municipal, com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição que exceder o tempo de 20 anos de contribuição.

A emenda, que será votada hoje, é para que os proventos das aposentadorias concedidas passem a corresponder a 100% da média aritmética definida.

Pressão O prefeito Marcos Trad (PSD) diz estar sofrendo pressão do Ministério do Trabalho e Previdência, que desaprova a medida, enquanto o sindicato da classe faz pressão para que o tema seja incorporado à LOA, além de reivindicar adicionais, como o de periculosidade.

“Para igualar a aposentadoria da Guarda à Polícia Militar, estamos sofrendo pressão do Ministério do Trabalho e Previdência. Dizem que se passarem a aposentadoria, vamos perder recursos. Mandaram uma nota técnica dizendo que Campo Grande está sendo rebelde e que lugar nenhum tem isso”, comentou o prefeito, durante a formatura de 220 servidores treinados agora para atirar com as armas mais potentes.

Marquinhos argumenta que os direitos têm que ser compatíveis com as atribuições e o armamento que a Guarda usa.

“Agora, eles têm armas .40, como que não têm periculosidade? Mas tem que ser reconhecido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), daqui a um ano vão reconhecer, não está no texto constitucional. Pelo amor de Deus! Estamos tentando de tudo que é jeito. Isso só vai impactar daqui a 15 ou 20 anos", disse o prefeito.

No projeto na reforma da Previdência Municipal, aprovada em agosto pelos vereadores, foi adicionado ao texto, a emenda com alteração que cria regra de transição para aposentadoria especial dos guardas civis metropolitanos.

Segundo a diretora-presidente do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), Camilla Nascimento, o Ministério do Trabalho e Previdência tem competência constitucional para orientar e fiscalizar os regimes próprios de previdência.

"Um dos quesitos verificados, se refere a regularidade da concessão de aposentadoria, ou seja, a verificação se o regime próprio está cumprindo a Constituição Federal. No caso dos servidores da Guarda Municipal, o entendimento é de que não há respaldo legal para concessão de aposentadoria especial por parte de nenhum regime próprio de previdência municipal, por conta de expressa disposição em contrário na Constituição Federal", explica.

A presidente do IMPCG afirma que o órgão "entende ser justa a reivindicação dos guardas, no entanto, a inclusão desse benefício na Lei Orgânica dá a Campo Grande o status de irregular perante o Ministério da Previdência e, como consequência, a suspensão de transferência voluntária de recursos da União, impedimento para celebrar contratos, acordos, convênios com a União e suspensão de empréstimos ou financiamentos por instituição federal".

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