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Política

Reinaldo critica PSDB e diz que partido errou em aliar-se ao governo Temer

Em entrevista, governador de MS diz que o PSDB precisa buscar novas lideranças para ampliar foco além do eixo Minas-São Paulo

Silvia Frias | 16/01/2019 08:22
Em discurso de posse, Reinaldo falou sobre corte de gastos e contenção de despesas para equilibrar contas (Foto/Arquivo: Henrique Kawaminami)
Em discurso de posse, Reinaldo falou sobre corte de gastos e contenção de despesas para equilibrar contas (Foto/Arquivo: Henrique Kawaminami)

O governador do Estado, Reinaldo Azambuja, criticou a participação do PSDB no governo Michel Temer e a falta de olhar abrangente para o País. Em entrevista à Folha, disse que é preciso fazer uma “autocrítica e reciclagem de lideranças” para sair do eixo Minas Gerais – São Paulo, que dominou e prejudicou o partido.

Reinaldo disse que o partido errou desde a gestão de Michel Temer, indo além de apoio às reformas e participando ativamente da composição administrativa. “[O PSDB] não deveria ocupar ministérios, ocupar cargos, até para manter sua autonomia. Fui voto vencido”. Para ele, essa aliança foi um grande erro, pois contaminou o discurso político de 2018, em decorrência dos escândalos de corrupção envolvendo integrantes dos ministérios.

Segundo o governador, é o momento de fortalecer o partido, incluir novas lideranças que possam aproximar as regiões esquecidas pelos líderes tucanos, ampliar o olhar do PSDB sobre o país, polarizado por conta da disputa entre José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves. “O partido e suas lideranças não olharam o Brasil. Sempre reclamamos das nossas votações no Nordeste, mas nunca falamos pro nordestino como uma política de partido. Nós nunca olhamos o eixo Norte-Centro-Oeste”.

Sobre o novo governo do presidente Jair Bolsonaro, o governador disse que o PSDB apoiará as reformas tributárias e previdenciárias. “Sem um novo pacto federativo, não tem saída, não vai ter milagre econômico pro país avançar”.

Regionalmente, a reforma administrativa passa pelo equilíbrio financeiro, com foco na folha de pagamento, cortando cargos comissionados e reduzindo número de secretários, de 15 para nove. “Se a gente for mais econômico nas compras e na folha, vai sobrar mais para fazer política pública”.

Fronteira
Reinaldo defendeu fortalecimento da segurança na região de fronteira com Paraguai e Bolívia, principal rota do narcotráfico e contrabando. Segundo ele, é preciso parceira com os estados, criando núcleo de inteligência compartilhada entre forças policiais e Exército. “Se ficarmos só nos morros do Rio de Janeiro, não vamos vencer essa guerra”.

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