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Política

Reitora da UFMS diz não acreditar que Dorsa ainda manda no HU

Zemil Rocha e Jéssica Benitez | 17/06/2013 16:05
Célia Maria disse que física Regina Borges tem que provar sua afirmações (Foto: João Garrigó)
Célia Maria disse que física Regina Borges tem que provar sua afirmações (Foto: João Garrigó)

A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Célia Maria da Silva Correa Oliveira, demonstrou esta tarde, antes de prestar depoimento na CPI da Saúde, da Câmara de Campo Grande, descrença quando á afirmação de Regina Borges, física responsável pelo setor de radioterapia do Hospital Universitário, de que José Carlos Dorsa continua, de maneira informal, comandando o Hospital Universitário (HU).

Célia Maria duvidou até mesmo de que a servidora Regina Borges tenha realmente sido ameaçada de morte. “Olha, ela tem que provar isso. Provar tanto que ela está sendo ameaçada de morte como que o Dorsa esta comandando o hospital”, afirmou ela.

Oficialmente, Dorsa foi exonerado do cargo de diretor do HU, depois da Operação “Sangue Frio” que desarticulou esquema de fraudes no setor de oncologia. Segundo a reitora da UFMS, mas continua sendo funcionário do hospital por ser médico concursado, com jornada de 40 horas semanais, além de dar aulas na universidade. Para ser demitido do cargo de médico, conforme a reitora, teria de ser aberto procedimento administrativo disciplinar. Considera, porém, que tirá-lo do cargo, poderia prejudicar a obtenção de informações.

A reitora Célia da Silva Correa Oliveira disse que não tinha conhecimento sobre essa denuncia da física Regina Borges. “Só vi pela imprensa”, garantiu, assegurando que as irregularidades apontadas não constavam de relatórios entregues a ela. “Essa servidora nunca falou nada, temos Ouvidoria na UFMS e nunca nos chegou nada”, declarou Célia.

Sobre a ameada de morte, Célia Maria admitiu que já ocorreu caso de um funcionário denunciar que estava sendo ameaçado, tendo sido instaurada investigação e exonerado o que estava ameaçando. “Se tivesse denúncia, a gente iria investigar”, disse.

Revelou ainda que já recebeu documentos da Polícia Federal e da Corregedoria Geral da União (CGU) e determinou a abertura de sindicância na UFMS para investigar o envolvimento de servidores com o esquema de fraudes. “Cada irregularidade vai gerar um procedimento administrativo disciplinar”, avisou.

Contradição – O presidente da CPI da Saúde da Câmara, vereador Flavio Cesar, disse a declaração da física Regina Borges contradiz o depoimento do José Carlos Dorsa, que teria negado qualquer tipo de influência sobre a atual direção do HU. Para ele, o Conselho de Gestão do HU “sempre atuou sob intimidação”.

Depois da oitiva de hoje, com a reitora Célia Maria, a CPI da Saúde fará reunião interna para avaliar tudo que foi colhido de provas documentais e depoimentos até agora. “Só aí poderemos ver se realmente houve sucateamento do setor. Acredito que nova oitivas serão necessárias, para poder construir o relatório. Precisamos avançar mais, precisamos de mais depoimentos”, afirmou Flavio Cesar.

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