ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 19º

Política

Rigo e André lembram condenações e viagens de Dagoberto

Redação | 01/08/2010 12:25

No ato de lançamento da candidatura do deputado estadual Ary Rigo (PSDB), neste domingo, no comitê da avenida Costa e Silva, em Campo Grande, sobraram críticas ao desafeto político Dagoberto Nogueira (PDT).

Rigo e o também deputado estadual e candidato Reinaldo Azambuja (PSDB) lembraram das duas condenações de Dagoberto pelo Tribunal de Justiça. De acordo com a lei da Ficha Limpa, ele está inelegível, mas ainda não teve o pedido de registro julgado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

O prefeito de Dourados, Ari Artuzi (PDT), o vice-prefeito de Campo Grande e candidato a suplente de senador Edil Albuquerque (PMDB) e a senadora Marisa Serrano (PSDB) também falaram sobre a Lei da Ficha Limpa, mas apenas Rigo citou o nome de Dagoberto.

Já o governador André Puccinelli (PMDB) lembrou que Dagoberto Nogueira foi recordista de viagens internacionais, segundo levantamento do site Congresso em Foco.

Em seu primeiro mandato, Dagoberto fez 40 viagens internacionais, todas com passagens aéreas e despesas pagas pela Câmara, indo para cidades como Paris, Milão, Miami, Nova Iorque e Buenos Aires.

"Os dois outros (Delcídio do Amaral e Dagoberto) não são inimigos, apesar de um deles ter ido 40 vezes viajar para o exterior como deputado, com despesas pagas com dinheiro público. Esse já foi mais de três vezes para Paris. Eu não conheço Paris. Eu prefiro ficar em Terenos, Maracaju, pagando as despesas com o meu dinheiro", discursou o governador.

Rigo não poupou o adversário de críticas. "Graças a Deus, aquele ficha suja me tirou de lá (do PDT). Ele disse que não é ficha suja porque foi condenado antes da lei. Mas ele é ficha suja porque tem duas condenações no Tribunal de Justiça. Estou falando do Dagoberto Nogueira", afirmou.

O deputado estadual e candidato à Câmara Reinaldo Azambuja chegou a dizer que a decisão de tirar Rigo da presidência do PDT, o que acabou culminando na saída dele do partido, seria "porque não queriam um ficha limpa ao lado deles".

O prefeito de Dourados, Ari Artuzi, chegou a insinuar que poderia te sair do PDT. "Estou com um pé fora (do PDT) e outro lá dentro; não sei como estou", afirmou o prefeito, também em discurso.

"Falaram muito de ficha limpa. Nunca antes vi a população assinar um projeto e com mais de 1 milhão de assinaturas para que homens de bem sejam candidatos", lembrou a senadora Marisa Serrano (PSDB).

Candidato ao Senado, o deputado federal Waldemir Moka (PMDB) também não deixou de falar no tema. Ele disse que se ele (Moka) fosse um "ficha suja" não estaria presidindo a mais importante comissão do Congresso, a Mista de Orçamento. Moka é o primeiro deputado de Mato Grosso do Sul a presidir aquela comissão.

Dagoberto tem uma condenação por improbidade administrativa por improbidade administrativa cometida em 2003, quando foi secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública.

Ele é acusado de "terceirizar" a Polícia Militar contratando empresa de segurança para instalar centrais que acionavam diretamente a PM, facilitando o atendimento dos locais onde estivessem instaladas, como bares, supermercados e estabelecimentos comerciais.

Rigo e Dagoberto se tornaram adversários quando o deputado federal trabalhou para derrubar o deputado estadual da presidência regional do PDT. Por traz da disputa estava a intenção de Dagoberto de levar o partido a apoiar o ex-governador Zeca do PT.

Nos siga no Google Notícias