Sem fusão com Podemos, presidente do PSDB avalia união com outras siglas

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, confirmou neste sábado (14) que o partido decidiu suspender as negociações de fusão com o Podemos. Por telefone, à redação do Campo Grande News, em Campo Grande, o líder do ninho tucano ressaltou que o partido tucano retomou conversas com outras legendas.

De acordo com Marconi, a sigla avalia agora diferentes possibilidades, como federação, fusão ou incorporação. Ele afirmou que tem autorização para negociar com outros partidos e que mantém diálogo constante com Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, forças do PSDB em Mato Grosso do Sul. Riedel é atualmente o único governador da sigla em exercício no Brasil.

“De fato, a gente deu uma pausa na articulação com o Podemos. Foi uma questão relacionada à governança. Estamos conversando com outros partidos e os governadores Riedel e Azambuja estão sendo permanentemente informados. Aliás, eles têm sido extremamente corretos com a minha gestão. Nós estamos na mesma página, conversando sempre”, declarou o presidente do PSDB ao Campo Grande News.

Mais cedo, o deputado federal Geraldo Resende já havia antecipado que uma reunião está prevista para a próxima semana, com prefeitos e a bancada federal, para definir os rumos do partido. A data ainda não foi confirmada.

O fracasso nas negociações foi motivado pela recusa do PSDB em aceitar a exigência do Podemos, que queria a deputada federal Renata Abreu (SP) na presidência da nova legenda por quatro anos. A proposta dos tucanos era um sistema de rodízio no comando, com alternância semestral no início e anual após as eleições de 2026, até que uma eleição interna definisse o diretório e a executiva permanentes.

Diante do impasse, o PSDB volta a negociar alianças com Republicanos, Solidariedade e MDB. A sigla busca uma saída para enfrentar a cláusula de barreira e a perda de representatividade no Congresso. A legenda, que já tem federação com o Cidadania, vê a reorganização como fundamental para garantir sobrevivência nas eleições.

A reportagem procurou outros representantes tucanos em Mato Grosso do Sul, como o presidente estadual do partido, Reinaldo Azambuja, e os deputados federais Humberto "Beto" Pereira e Dagoberto Nogueira, além de Aécio Neves (MG), que tornou a situação pública em entrevista ao Estadão, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações futuras.

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