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Política

Sem nomes limpos, PR já admite perda de Ministério dos Transportes

Ítalo Milhomem | 11/07/2011 09:54

Com a recusa oficial do cargo de ministro do Transporte pelo senador Blairo Maggi (PR-MT), que deve ser anunciada nesta segunda-feira (11), por conta de impedimentos éticos, o Partido Republicano já não tem alternativas com envergadura política ou moral para assumir a vaga e já cogita perder a pasta ministerial. A declaração do senador mato-grossense, joga um balde de água fria na possível indicação do deputado federal, Edson Giroto (PR-MS).

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Blairo teria dito, que os caciques do partido não encontraram nenhum nome capaz restabelecer a ordem no Ministério. Na bancada republicana, dois dos seus sete senadores e 14 dos 40 deputados tem pendências judiciais.

O mesmo discurso foi declarado na semana passada pela bancada federal republicana sul-mato-grossense, liderada pelo senador Antônio Russo Netto e pelo deputado federal Edson Giroto, este último cotado para assumir o cargo. Os dois têm pendências judiciais polêmicas.

No entanto, mesmo perdendo o ministério, o partido não aceita a efetivação do ministro interino Paulo Sérgio Passos, por acreditar que a denúncia possa ter sido um “fogo amigo”.

O líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG) teria admitido ontem à imprensa nacional a perda dos Transportes. "Se a presidente entregar o ministério para outro partido, é ela quem decide. O PR vai respeitar."

Apadrinhamento-Blairo indicou Luiz Antônio Pagot, para chefia do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), mas ele foi afastado por suspeitas de irregularidades. Agora o senador não quer assumir a culpa por uma nova indicação fracassada, e não deverá apadrinhar ninguém.

"Se você indica um nome e dá problema, o problema é seu. Não quero mais saber dessa história", disse.

Maggi que é um dos maiores produtores de soja individuais do mundo, têm contratos com o FMM (Fundo da Marinha Mercante) e dependem de normas da Antac (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), por isso não gostaria de entrar em nenhuma polêmica ao se tornar ministro de Dilma, ele teria que se afastar de suas empresas.

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