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Política

Sindicato cobra dos vereadores readequação da carga horária de agentes

Os agentes pedem também a criação de uma comissão com os vereadores

Renata Volpe Haddad e Mayara Bueno | 17/10/2017 11:37
Agentes comunitários protestam nesta manhã, na Câmara de Vereadores. (Foto: Mayara Bueno)
Agentes comunitários protestam nesta manhã, na Câmara de Vereadores. (Foto: Mayara Bueno)

O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa e 50 agentes comunitários, estão na Câmara de Campo Grande nesta manhã (17) para cobrar a readequação da carga horária dos trabalhadores e também a criação de uma comissão.

Os agentes estão com faixas com dizeres de pedido de ajuda aos vereadores. Eles querem que a carga horária de trabalho seja readequada, com duas horas para trabalho burocrático em local de livre escolha. A classe pede também a criação de uma comissão dos servidores, com vereadores.

Segundo Tabosa, a classe pede que as 8 horas diárias sejam mantidas, mas que duas horas por dias sejam para trabalho burocrático, como preenchimento de folhas. "A gente não quer tirar duas horas por dia da carga. Queremos continuar trabalhando as 40 horas semanais, mas essas duas horas são essenciais para o trabalho burocrático", reforçou.

O presidente argumenta ainda que é muito "penoso", ficar 8 horas visitando casas no sol e enfrentando o calor de Campo Grande. "Na cidade de Americana, São Paulo, já tem essa alteração. O prefeito Marquinhos Trad, enquanto era candidato, se comprometeu a fazer essa readequação e não fez", lembra.

Anteriormente, Trad já tinha afirmado que não pode se basear em um lei aprovada em um único município e que não teria problema em fazer o projeto, mas precisa ter certeza que é válido juridicamente. "Outros prefeitos e outros secretários, fizeram essa alteração no passado e respondem a ações trabalhistas", afirmou.

O vereador Francisco Almeida Teles, o Chiquinho (PSD), líder do prefeito na Câmara, disse que é preciso buscar um caminho de diálogo e que o próprio sindicato sabe das dificuldades que o prefeito encontrou quando assumiu a gestão. "Nós temos que ter certeza da legalidade. De tantas cidades que temos no Brasil, só uma cidade tem essa alteração na lei e é um município pequeno com 236 mil habitantes". Logo após terminar a frase, o vereador foi vaiado pelos agentes comunitários.

Tabosa disse que a lei foi questionada na Justiça na gestão passada, quando foi proposta a redução da carga horária para 30 horas. "E esse não é esse o objetivo, queremos readequar". Em protesto, os servidores ficarão na frente da Câmara, e servirão almoço para os agentes.

O vereador Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (PP), presidia a sessão no momento do uso da tribuna por Tabosa e afirmou que até quinta-feira (19), a Câmara decide sobre a formação da comissão.

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