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Política

STF abre inquérito contra Carlos Marun por suspeita de corrupção

Investigações ocorrem no âmbito da Operação Registro Espúrio, pela Polícia Federal

Mayara Bueno | 04/09/2018 08:44
Carlos Marun, ministro da secretaria de Governo, em Campo Grande. (Foto: Saul Schramm/Arquivo).
Carlos Marun, ministro da secretaria de Governo, em Campo Grande. (Foto: Saul Schramm/Arquivo).

O STF (Supremo Tribunal Federal) abriu um inquérito para investigar o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun (MDB/MS). As informações são do O Globo.

Determinado pelo ministro Edson Fachin, a apuração mira suspeita de corrupção e associação criminosa no âmbito da Operação Registro Espúrio, que investiga um esquema de fraudes no Ministério do Trabalho envolvendo a liberação de registros sindicais.

Sobre Marun, a PF (Polícia Federal), em um dos relatórios, aponta que integrantes do Ministério do Trabalho faziam "manifestações fraudulentas", em desrespeito à legislação, para atender a pedidos de Marun, em favor de entidades sindicais do Estado.

Neste caso, a Polícia Federal afirma que tais sindicatos "possivelmente ofereceram vantagens indevidas" ao ministro. Não foram citados quais são os sindicatos.

A decisão atende a um pedido da procuradoria-geral da República, Raquel Dodge, em processo apresentado ao STF junto com a denúncia por organização criminosa contra 26 investigados na Registro Espúrio. Dentre eles, o ex-ministro do Trabalho Helton Yomura, o ex-deputado Roberto Jefferson e Jovair Arantes, Nelson Marquezelli, Paulinho da Força e Cristiane Brasil.

Os pedidos de aprovação de registro sindical, que teriam sido feitos por Marun, eram repassados por sua chefe de gabinete, Vivianne de Melo, ao então coordenador-geral de Registro Sindical do ministro Renato Araújo. Ele teria fechado acordo de colaboração premiada com a PGR e deu detalhes do funcionamento do esquema no Ministério do Trabalho.

Ainda de acordo com a reportagem, na colaboração, Renato afirmou que o ex-chefe do gabinete do Ministério do Trabalho Júlio de Souza determinou ao "depoente que atendesse sem questionar as demandas vindas do Planalto e de Carlos Marun". Fachin deu prazo de quinze dias para as defesas de cada um se manifestar sobre a denúncia.

A reportagem tentou contato com Marun, por telefone, mas as ligações não foram atendidas. Ao Jornal O Globo, o ministro disse, por meio de sua assessoria, que só vai se manifestar quando tiver acesso total ao conteúdo da decisão.

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