Sul-mato-grossense condenado no STF vai pedir anulação do julgamento do 8/1
Advogado considera injusto o julgamento em grupo do crime e vai pedir individualização das condutas
![Bolsonaristas invadiram prédios públicos na praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023; na foto, manifestantes sobre a cúpula do Senado Federal (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2024/02/07/1fwrc5uqdue3n.jpg)
A defesa do campo-grandense Eric Prates Kobayashi, que integra a lista de 29 réus que foram condenados nesta segunda-feira (5) pelo STF (Supremo Tribunal Federal) pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, vai recorrer da decisão.
De acordo com o advogado réu, Hélio Júnior, o pedido de anulação vai se respaldar no pedido de individualização das condutas. “Não concordamos com a condenação sem individualização das condutas. A alegação de grupos multitudinários não merece prosperar”, ponderou.
Eric trabalhava como carteiro, nos Correios, e deixou a função em 2013. Ele estava no grupo de moradores de Mato Grosso do Sul que ficou preso no Centro de Detenção Provisória II, na Papuda.
O bolsonarista fazia parte da caravana que saiu do Estado para participar dos movimentos antidemocráticos na capital federal, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas eleições de 2022. Na ocasião, ele fez parte do grupo que invadiu e depredou as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF).
Os condenados terão de pagar ainda indenização por danos morais coletivos, no valor mínimo de R$ 30 milhões. A quantia será quitada de forma solidária com todos os condenados pelos atos antidemocráticos.
Todos os réus foram denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e deterioração de patrimônio tombado.
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