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Política

Eletricista e assentado estão no 5º bloco de julgamentos do STF

STF começa amanhã nova sessão de julgamento por invasões ocorridas no dia 8 de janeiro, em Brasília

Silvia Frias | 15/05/2023 14:41
Da esquerda para direta: Rodrigo Ferro, Silvia Adriana e Altino Bispo, todos, indiciados pela invasões de 8 de janeiro. (Foto/Reprodução)
Da esquerda para direta: Rodrigo Ferro, Silvia Adriana e Altino Bispo, todos, indiciados pela invasões de 8 de janeiro. (Foto/Reprodução)

A partir de amanhã (16), o STF (Supremo Tribunal Federal) irá julgar, em plenário virtual, mais 250 denúncias contra acusados de atos extremistas ocorridos no dia 8 de janeiro, quando foram depredadas as sedes do STF, Palácio do Planalto e Congresso Nacional.

Este será o quinto bloco de julgamentos e há três pessoas nascidas e/ou residentes em Mato Grosso do Sul, conforme consulta da lista disponível no site do STF. A sessão virtual será realizada até o dia 22 de maio.

Todos constam no inquérito 4.921, que investiga os autores intelectuais e pessoas que instigaram os atos. A acusação é por incitação ao crime (artigo 286, parágrafo único) e associação criminosa (artigo 288), ambos do Código Penal.

Um deles é o eletricista Altino Pereira Bispo, 57 anos. Levantamento sobre os dados dele indicam que Bispo trabalha com instalações elétricas em Chapadão do Sul, mas é do Piauí. Foi preso entre os dias 8 e 11 de janeiro, sendo liberado no dia 18 daquele mês, com tornozeleira eletrônica.

Silvia Adriana Nogueira dos Santos é nascida em São Paulo, mas mora em Dourados. Segundo apurou a reportagem, Silvia está desempregada, mas desenvolve projeto de compras inteligentes. Completou 50 anos enquanto estava acampada, em Brasília.

O último dessa lista é Rodrigo Ferro Pakuszewski, 28 anos, morador do assentamento Nova Itamarati, em Ponta Porã. Inicialmente, o nome dele constava no 3º bloco de julgamentos, mas foi realocado para o quinto bloco.

Pakuszewski consta como sócio de uma empresa de energia solar e dono de produtora musical, ambas já desativadas. Rodrigo é filho de um dos assentados no Projeto de Assentamento Itamarati 2.

O Campo Grande News apurou com moradores do distrito que Rodrigo foi preso no dia seguinte às invasões, no acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Brasília.

A reportagem tentou entrar em contato com a defesa dos acusados e somente a advogada Polyana Muraro, que representa Pakuszewski, foi localizada e disse que irá fazer a sustentação oral, única alternativa dada pelo STF para a defesa.

Pelo menos 15 pessoas residentes ou nascidas em Mato Grosso do Sul já se tornaram réus pela invasão e depredação em Brasília: Antônio Plantes da Silveira de 53 anos; Cassius Alex Schons de Oliveira, 48 anos; Diego Eduardo de Assis Medina, 35 anos; Djalma Salvino dos Reis, 45 anos; Elaine Ferreira Gonçalves, 43 anos; Eliel Alves, 44 anos; Eric Prates Kobayashi, 40 anos; Fabio Jatchuk Bullmann, 41 anos; Fabrício de Moura Gomes, 45 anos; Ilson Cesar Almeida de Oliveira, de 45 anos; Ivair Tiago de Almeida, 47 anos; Joci Conegones Pereira, de 52 anos; José Paulo Alfonso Barros, 46 anos; Maria Aparecida Barbosa Feitosa, 47 anos e Ricardo Moura Chicrala, 33 anos.

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