ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 32º

Política

Zeca consegue no TJ suspender interrogatório em ação

Redação | 22/03/2008 10:40

O ex-governador de Mato Grosso do Sul José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, conseguiu no Tribunal de Justiça impedir a realização, na próxima quarta-feira, de audiência de interrogatório em um dos processos que corre contra ele por conta de um esquema de desvio dinheiro para formação de caixa 2 que o MPE (Ministério Público Estadual) afirma ter vigorado durante as duas administrações do petista. A decisão foi dada na quarta-feira passada pelo desembargador João Batista da Costa Marques, e na prática estende à ação o benefício que Zeca já tinha conseguido em relação a um outro processo do mesmo caso, trancando o andamento em relação a ele.

O despacho do desembargador manda oficiar o juiz responsável pelo caso, Luis Carlos de Sousa Ataíde, da 2 Vara Criminal de Campo Grande, de que o andamento do processo em relação a Zeca deve ser suspenso. Com isso, os advogados do ex-governador evitam a realização da audiência, que estava marcada para quarta-feira, dia 26, às 15h30. O processo envolve outras 5 pessoas, entre elas o ex-secretário de Governo, Raufi Marques, que tem interrogatório marcado para o mesmo dia. Os advogados de Zeca haviam entrado na segunda-feira, com pedido para que o desembargador determinasse ao juiz a suspensão do processo. Dois dias depois, foram atendidos.Sob suspeição - O magistrado é o mesmo que é considerado suspeito para julgar assuntos relacioandos a Zeca pelo MPE, que entrou com pedido para excluir Costa Marques da ação.

O MPE quer excluir ainda um outro desembargador, Claudior Miguel Abss Duarte, dos processos que envolvem o goverador. No caso de Costa Marques, a alegação é que ele é amigo do ex-governador, por quem foi nomeado para o cargo. Quanto a Abss Duarte, os promotores alegam que deveria ser considerado suspeito por ter ocupado a cadeira de governador, no lugarde Zeca, quando ele deixou a administração estadual, em 2006, para atuar na campanha dos candidatos do PT.Na decisão liminar, o pedido de afastamento foi negado. Falta ainda o julgamento do mérito da questão. Também não foi julgado ainda o mérito do pedido de suspensão da liminar que trancou a ação contra Zeca do PT. O julgamento já foi adiado várias vezes por falta de quórum desde o ano passado. Agora, está previsto para abril.

Zeca é alvo, ao todo, de 12 ações relacionadas ao suposto esquema de caixa 2, junto com mais uma centena de pessoas, entre ex-servidores que tinham cargo de confiança, empresários e profissionais de comunicação apontados como beneficiados pelas irregularidades. O escândalo surgiu em maio do ano passado, após uma entrevista da ex-servidora Ivanete Leite Martins, gravada em DVD, em que ela fala do desvido de verbas para formar Caixa 2. e as primeiras ações foram apresentadas em outubro. As denúncias do MPE apontam que mais de R$ 30 milhões teriam sido desviados.

Nos siga no Google Notícias