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Economia

Com certificação, meta é elevar preço da carne em 20%

Redação | 25/08/2009 11:51

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, disse esta manhã na Assembléia Legislativa que com a certificação da carne orgânica produzida no Pantanal a expectativa é que o produto valorize em pelo menos 20%. Ele foi à Assembléia acompanhado de vários produtores da região pantaneira e representantes de ONGs (Organizações não-governamentais) envolvidas em pesquisas.

O presidente da Associação Brasileira de Pecuária Orgânica, Leonardo Leite de Barros, explicou a intenção: "Viemos pedir o apoio para a pecuária sustentável porque fazemos trabalho moderno preservando o Meio Ambiente. Abatemos animais no JSB Friboi há quatro anos e já temos o selo de qualidade o que queremos é incentivo no ICMS para a carne pantaneira", disse. Ele defendeu, por exemplo, que o governo compre esta carne para creches e hospitais. "Desta forma o governo estaria sinalizando que fez escolha sustentável", disse.

Maia entregou aos parlamentares um documento científico que atesta a sustentabilidade da pecuária pantaneira. O estudo é assinado pela WWF Brasil, SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional, Avina e Ecoa, que contrataram a empresa Arc Plan responsável pelo mapeamento da produção.

Ele ressaltou que a casa sempre legislou em favor do Meio Ambiente e que o setor pecuário atravessa momento de muita dificuldade. Ao mesmo tempo estudos há anos comprovam que a pecuária é sustentável no Pantanal. "O bioma está preservado mesmo com os pecuaristas trabalhando na região há 250 anos", argumentou.

A intenção da gestão junto à Assembléia é garantir a inclusão dos produtos orgânicos na agenda política do Estado. O presidente da Acrissul conta que esteve recentemente nos Estados Unidos onde observou nas redes de supermercado o destaque aos produtos certificados como orgânico. "A carne de Mato Grosso do Sul tem tudo para entrar nesse mercado de elite", destacou.

O deputado Márcio Fernandes (PSDB), da Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembléia, se comprometeu a levar a discussão para os outros membros para avaliar se cabe um projeto de lei ou apenas articulação política em prol dos pecuaristas do Pantanal. Neste caso os parlamentares trabalhariam como interlocutores junto à bancada federal e Ministério da Agricultura.

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