A síndrome da mulher maravilha cobra caro e a exaustão não é medalha de honra
Podcast fala sobre como a comparação diária está minando autoestima e roubando a leveza de mulheres
RESUMO
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Podcast debate esgotamento emocional feminino e a "síndrome da Mulher Maravilha". Especialistas alertam para os perigos da sobrecarga, autocobrança e comparação social, destacando a importância do autoconhecimento e do "não" como forma de autocuidado. A psicóloga Mayara Crespo e a empresária Ingridh Louise discutem como a busca incessante por produtividade e a pressão social afetam a saúde mental das mulheres. Elas incentivam a reflexão sobre prioridades, a busca por ajuda profissional e a quebra do ciclo da exaustão. Materiais de apoio com dicas de autocuidado e organização estão disponíveis nos perfis @pcmayaracrespo e @ingridlouise no Instagram.
Tem um cansaço que não passa com uma noite de sono. Nem com feriado prolongado, muito menos com uma viagem para “espairecer”. É um tipo de exaustão que mora fundo, no corpo e na alma, e que parece não ser resolvida com descanso, porque não é. No mais recente episódio do nosso podcast de saúde e bem-estar, mergulhamos nesse lugar onde muitas mulheres estão: no limite.
A conversa teve como principal convidada a psicóloga Mayara Crespo (CRP 14/08596-3), que há anos ajuda mulheres a reencontrarem o próprio eixo quando a vida cobra mais do que se pode dar. Ao lado dela, participou também a empresária e ex-atleta Ingridh Louise, com reflexões sobre performance, rotina e exposição no mundo digital.
Logo no início do episódio, uma pergunta direta: “Tá todo mundo com burnout mesmo ou é só a vida adulta?” A resposta veio com precisão clínica:
O burnout é a doença do trabalho. Mas o que muitas pessoas estão vivendo é um esgotamento emocional mais amplo. Uma perda de prazer naquilo que sempre fez sentido. E quando nem dormir resolve, é porque algo precisa mudar”, explicou Mayara.
O peso invisível que as mulheres carregam
Entre um relato e outro, a psicóloga revelou o que mais tem visto no consultório: mulheres que se cobram, que se comparam, que se anulam para dar conta de tudo, trabalho, filhos, casa, corpo, casamento. “Nos ensinaram que precisamos aguentar. Mas essa força que tanto esperam da mulher pode virar armadilha”, afirmou.
Ela também falou sobre a chamada “síndrome da mulher maravilha”: aquela que tenta equilibrar todos os pratinhos, sem deixar nenhum cair, até que cai ela. “É possível ser produtiva sem se matar de trabalhar. Mas isso exige planejamento, rotina e, principalmente, autoconhecimento.”
A terapeuta lembra que uma das primeiras tarefas na jornada de cura é sair do ideal e olhar para a realidade: “A gente se cobra com base no que vê nas redes sociais, mas esquece que ali ninguém mostra o bastidor. A comparação adoece. Por isso, é importante filtrar o que se consome, fazer uma ‘limpeza social’ e entender que está tudo bem não dar conta de tudo”.
Um convite para se conhecer, antes de se perder
Dizer “não”, segundo Mayara, ainda é um tabu para muitas mulheres. “A culpa vem porque nem sempre sabemos nossos limites. O autoconhecimento é chave: quando eu sei o que posso e o que não posso, o ‘não’ vira autocuidado”.
Durante a gravação, a psicóloga compartilhou momentos pessoais que marcaram sua própria virada de chave, quando percebeu que precisava pausar, rever prioridades e se reconectar com a maternidade e com sua saúde mental. “Eu trabalhava tanto que ouvi minha filha chamar minha mãe de ‘mãe’. Aquilo me travou. Era hora de viver o hoje.”
Terapia não é luxo. É necessidade
Mayara também deixou um recado claro: saúde mental não é privilégio, é necessidade básica. “A mulher pode pedir ajuda. E deve. Terapia não é para quem está fraco, é para quem quer se fortalecer.”
Ao final do episódio, ela ainda lançou uma pergunta que deveria virar mantra: “O que você está deixando de viver hoje, esperando que lá na frente tudo melhore?”
Escute. Reflita. Compartilhe
O episódio completo já está no ar. Se você está vivendo no automático, tentando dar conta de tudo e se perguntando onde foi parar a leveza, essa conversa pode ser um abraço. Ou melhor: um ponto de partida.
Ouça o episódio completo no podcast de Saúde e Bem-Estar do Campo Grande News e fale com a @psi_mayaracrespo no Instagram para ter acesso ao e-book de autocuidado exclusivo que ela irá disponibilizar. Quem falar com a @ingridhlouise no Instagram, ela também vai disponibilizar um material com dicas sobre rotina, digital e posicionamento com leveza.
E se você conhece uma mulher que está sobrecarregada, envie este episódio para ela. Às vezes, tudo que ela precisa é ouvir que está tudo bem pedir ajuda.