Brasil elimina transmissão de HIV de mãe para bebê e tem maior queda de mortes
Índice de contágio vertical do vírus ficou abaixo de 2% e óbitos por aids caíram 13% em um ano
O Brasil alcançou um marco histórico no combate ao HIV. Pela primeira vez, o país eliminou a transmissão do vírus de mãe para bebê como problema de saúde pública. Isso significa que a infecção durante a gestação, o parto ou a amamentação passou a ser rara e evitável, graças ao acompanhamento no pré-natal, ao diagnóstico precoce e ao tratamento gratuito oferecido pelo SUS.
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O Ministério da Saúde anunciou o resultado nesta segunda-feira (1º), junto com outra notícia positiva: o país registrou a maior queda de mortes por aids em 32 anos. Entre 2023 e 2024, o número de óbitos caiu 13%, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil. É a primeira vez em três décadas que esse total fica abaixo de dez mil.
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Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o avanço mostra a força da rede pública. “Hoje é um dia de luta, mas também de conquista histórica”, afirmou. Segundo ele, o SUS tem garantido acesso a tecnologias modernas que tornam o vírus indetectável e intransmissível, permitindo mais saúde e mais qualidade de vida a quem vive com HIV.
Com isso, o país atingiu todas as metas internacionais definidas pela Organização Mundial da Saúde. A taxa de transmissão vertical ficou abaixo de 2%, e a infecção entre bebês caiu para menos de 0,5 caso por mil nascidos vivos. A cobertura de pré-natal e testagem para HIV entre gestantes ultrapassou 95%.
Além disso, caiu 54% o número de recém-nascidos que começaram tardiamente a profilaxia, que é o tratamento imediato para evitar a infecção após o parto. O Ministério também registrou queda de 7,9% no número de gestantes com HIV e de 4,2% no total de crianças expostas ao vírus.
Tratamento e prevenção - O Brasil tem ampliado o acesso a diferentes formas de prevenção. A PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV), um comprimido tomado diariamente para evitar a infecção, cresceu mais de 150% em um ano e já é usada por 140 mil pessoas. O governo também distribuiu 780 mil autotestes e aumentou em 65% a compra de testes rápidos para HIV e sífilis.
Na área do tratamento, o SUS oferece gratuitamente o esquema de comprimido único, mais eficaz e com menos efeitos colaterais. Hoje, mais de 225 mil pessoas usam a combinação de lamivudina e dolutegravir, que ajuda a manter o vírus sob controle.
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