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Saúde e Bem-Estar

Brasil elimina transmissão de HIV de mãe para bebê e tem maior queda de mortes

Índice de contágio vertical do vírus ficou abaixo de 2% e óbitos por aids caíram 13% em um ano

Por Kamila Alcântara | 01/12/2025 18:13
Brasil elimina transmissão de HIV de mãe para bebê e tem maior queda de mortes
Profissional da Saúda faz exame pré-natal em gestante (Foto: Prefeitura de Manaus)

O Brasil alcançou um marco histórico no combate ao HIV. Pela primeira vez, o país eliminou a transmissão do vírus de mãe para bebê como problema de saúde pública. Isso significa que a infecção durante a gestação, o parto ou a amamentação passou a ser rara e evitável, graças ao acompanhamento no pré-natal, ao diagnóstico precoce e ao tratamento gratuito oferecido pelo SUS.

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O Brasil alcançou um marco histórico ao eliminar a transmissão do HIV de mãe para bebê como problema de saúde pública, com taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e menos de 0,5 caso por mil nascidos vivos. O país também registrou a maior queda de mortes por aids em 32 anos, com redução de 13% entre 2023 e 2024.O Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou o acesso a diferentes formas de prevenção, incluindo a PrEP, que cresceu 150% em um ano. O tratamento gratuito com esquema de comprimido único beneficia mais de 225 mil pessoas, mantendo o vírus sob controle e garantindo melhor qualidade de vida aos pacientes.

O Ministério da Saúde anunciou o resultado nesta segunda-feira (1º), junto com outra notícia positiva: o país registrou a maior queda de mortes por aids em 32 anos. Entre 2023 e 2024, o número de óbitos caiu 13%, passando de mais de 10 mil para 9,1 mil. É a primeira vez em três décadas que esse total fica abaixo de dez mil.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o avanço mostra a força da rede pública. “Hoje é um dia de luta, mas também de conquista histórica”, afirmou. Segundo ele, o SUS tem garantido acesso a tecnologias modernas que tornam o vírus indetectável e intransmissível, permitindo mais saúde e mais qualidade de vida a quem vive com HIV.

Com isso, o país atingiu todas as metas internacionais definidas pela Organização Mundial da Saúde. A taxa de transmissão vertical ficou abaixo de 2%, e a infecção entre bebês caiu para menos de 0,5 caso por mil nascidos vivos. A cobertura de pré-natal e testagem para HIV entre gestantes ultrapassou 95%.

Além disso, caiu 54% o número de recém-nascidos que começaram tardiamente a profilaxia, que é o tratamento imediato para evitar a infecção após o parto. O Ministério também registrou queda de 7,9% no número de gestantes com HIV e de 4,2% no total de crianças expostas ao vírus.

Tratamento e prevenção - O Brasil tem ampliado o acesso a diferentes formas de prevenção. A PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV), um comprimido tomado diariamente para evitar a infecção, cresceu mais de 150% em um ano e já é usada por 140 mil pessoas. O governo também distribuiu 780 mil autotestes e aumentou em 65% a compra de testes rápidos para HIV e sífilis.

Na área do tratamento, o SUS oferece gratuitamente o esquema de comprimido único, mais eficaz e com menos efeitos colaterais. Hoje, mais de 225 mil pessoas usam a combinação de lamivudina e dolutegravir, que ajuda a manter o vírus sob controle.

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