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Com novo normal, chegou a vez do turista local e regional

Paulo Nonato de Souza | 18/06/2020 07:14
Cachoeira Boca da Onça, em Bodoquena, a mais alta de Mato Grosso do Sul e uma das mais altas do Brasil com 156 metros (Foto: Valter Patrial/H2O Ecoturismo) 
Cachoeira Boca da Onça, em Bodoquena, a mais alta de Mato Grosso do Sul e uma das mais altas do Brasil com 156 metros (Foto: Valter Patrial/H2O Ecoturismo)

A retomada do turismo, além de gradativa, ou seja, pouco a pouco, terá as atividades focadas no turista local e regional com medidas preventivas globais de combate ao coronavírus para não ter que excluir visitantes de outras regiões do país e até do exterior,  infraestrutura rodoviária e mais investimentos em divulgação dos destinos.

Estas são as principais recomendações do Fórum Virtual São Paulo Pra Todos, realizado na última terça-feira, 16, com a participação da presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), a mexicana Gloria Guevara, e do vice-presidente da Trivago, plataforma de buscas e comparações de preços de hotéis, o belga Jean-Phillippe de Foideville.

No Fórum promovido pelo Governo de São Paulo chamou a atenção a informação de que a retomada na Europa poderá avançar de forma mais consistente do que nas Américas (Sul, Norte e Central) porque o turismo local e regional europeu é muito bem estruturado. Neste comparativo, conforme dados da WTTC, só na Alemanha o turismo local responde por 80% dos serviços, contra 67% nas Américas.

Isso reforça o que já vem sendo proposto pelas autoridades brasileiras do setor para a volta do turismo. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, Bonito irá retomar as atividades em 01 de julho com a campanha “MS+Bonito”, lançada em dezembro de 2019 pela operadora de eventos H20 Ecoturismo para atrair turistas sul-mato-grossenses, nascidos ou residentes no estado.

Desta forma, desde 01 de julho até dezembro as tarifas dos passeios em Bonito serão de baixa temporada (descontos de até 60% para sul-mato-grossenses), incluindo os feriados, e permanecerão as mesmas em 2021, inclusive com vendas em até 10 vezes sem juros.

Lançada antes da pandemia como uma estratégia de marketing para contrapor a fama de que fazer turismo em Bonito é caro, a campanha MS+Bonito pode ser referência de iniciativa de sobrevivência para o turismo nacional. Mais do que nunca o empresário do turismo no Brasil precisará mudar o foco para o viajante local e regional com mais investimento interno na divulgação dos destinos turísticos.

É mais um componente do novo normal do setor no país. A propósito, com a prática anterior de sempre divulgar os destinos fora dos estados e até no exterior, era mais fácil um europeu ou americano conhecer o Pantanal do que um sul-mato-grossense.

“O Brasil tem potencial para ser um dos cinco maiores polos turísticos do mundo porque tem natureza, gastronomia, cultura e hospitalidade diferenciadas”, declarou Gloria Guevara. Significa que basta o empresário fazer o que tem que ser feito.

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