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Coronavírus abala o turismo no mundo, mas não se esqueça da febre amarela

Viajante deve se informar e se imunizar contra a febre amarela antes de embarcar; Mato Grosso do Sul é considerado área endêmica

Paulo Nonato de Souza | 25/02/2020 09:14
O avanço do coronavírus é preocupante e já afeta o turismo no mundo, mas não podemos esquecer de vacinar contra a febre amarela (Foto: Reprodução/Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)
O avanço do coronavírus é preocupante e já afeta o turismo no mundo, mas não podemos esquecer de vacinar contra a febre amarela (Foto: Reprodução/Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)

A propagação de novos casos de coronavírus fora da China, país epicentro da epidemia, já abala o setor do turismo no mundo, mas isso não significa que devemos colocar em segundo plano os cuidados com a febre amarela. Nesta época do ano, por exemplo, a grande circulação de turistas nos desfiles e blocos de Carnaval facilita a circulação do vírus, e isso sugere que você esteja com sua vacinação em dia.

Se a vacina contra o vírus chinês ainda está em fase de laboratório com previsão de ser testada em humanos a partir de abril, a vacina da febre amarela existe desde 1937. Portanto, se você vai viajar é prudente se informar a respeito da doença e como proceder para ser imunizado antes de embarcar. Além da vacinação em dia, também é importante saber quais as regiões de risco, sintomas, ciclos de transmissão e prevenção.

Ainda que a sua viagem seja dentro do Brasil, a vacinação contra a febre amarela tem que estar em dia, especialmente se for viajar para áreas endêmicas. Mato Grosso do Sul, por exemplo, é classificado como área endêmica dentro do Brasil. Veja abaixo algumas dicas de como se proteger contra a febre amarela e viajar em paz:

Quando tomar a vacina - A vacina é essencial para quem viaja a áreas endêmicas dentro do Brasil: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o Ministério da Saúde. E também para alguns países que exigem o certificado internacional de vacinação – Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) – como forma de se protegerem da disseminação da doença.

Países que exigem o certificado - A lista atual tem mais de cem países. Depois dos recentes casos de contaminação no Brasil, essa lista aumentou e Panamá, Nicarágua, Venezuela, Costa Rica, Equador e Cuba passaram a exigir a vacina de brasileiros. Saiba quais são todos os países no site oficial da Anvisa – http://portal.anvisa.gov.br

Tempo de espera para efeito da vacina - O efeito da vacina pode demorar de 10 dias a seis semanas, conforme informação da Anvisa. Por conta disso, o certificado só é aceito para a viagem se a vacina for tomada dez dias antes do embarque.

Como obter o certificado no caso de a vacina ser fracionada - A Organização Mundial de Saúde exige que o viajante tenha tomado uma única dose integral para obter o certificado. No caso de vacinação fracionada (feita com um décimo do conteúdo da vacina integral), será necessário que o viajante que ainda não está imunizado vá aos postos de saúde munido, além de carteira de vacinação, do comprovante da viagem para poder tomar a dose integral.

Quem vacinou em dose integral há mais de dez anos deve vacinar de novo? - Desde 2017, o Ministério da Saúde adota a resolução da OMS: apenas uma dose é suficiente para proteger durante a vida toda. Sobre a possibilidade de contaminação mesmo tendo tomado a vacina, o Ministério da Saúde diz que “algumas pessoas podem não desenvolver anticorpos suficientes para proteger contra a doença, essa é uma situação rara, mas pode acontecer, por isso destacamos que a imunidade é entre 95% a 99%, ou seja, essa variação de 5% significa que não vai proteger entre 1% a 5% da população mesmo sendo vacinada.” Apesar da polêmica em torno do número de doses, do ponto de vista burocrático e internacional, os viajantes precisam ter tomado apenas uma dose integral na vida para obter o certificado.

Crianças e idosos - A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, pessoas imunossuprimidas e com reação alérgica a ovo.

Quem não pode tomar a vacina - Idosos acima dos 60 anos, gestantes, pessoas portadoras do vírus HIV ou com doenças hematológicas devem consultar um médico antes de se vacinar. Crianças de nove meses a menores de dois anos e pessoas em condições clínicas especiais também antes devem consultar o médico.

Onde tirar o certificado de vacinação internacional - Nos Centros de Orientação para a Saúde do Viajante. É preciso ir pessoalmente ao local e levar RG, passaporte ou CNH e a carteira de vacinação. O serviço é gratuito. Se você perdeu a sua carteira de vacinação ou o comprovante da dose tomada contra a febre amarela, a recomendação é tentar ir ao posto onde a vacina foi aplicada para obter uma segunda via do documento. 

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