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Turismo cresce com o “faz de conta que não há mais pandemia”

Paulo Nonato de Souza | 17/10/2020 08:21
Cachoeiras em Rio Verde, a 170 km de Campo Grande, um dos destinos mais procurados pelos turistas (Foto: Divulgação/Arquivo)
Cachoeiras em Rio Verde, a 170 km de Campo Grande, um dos destinos mais procurados pelos turistas (Foto: Divulgação/Arquivo)

É inegável que ninguém aguentava mais o isolamento e as entediantes recomendações para ficar em casa. Depois de sete meses em estado de alerta e ameaças constantes que vinham de todas as partes em uma onda de quase tortura psicológica sobre os riscos de contaminação pelo coronavírus (Covid-19), entramos em uma fase que não há mais explosão de casos nem de mortes no Brasil.

Quem passou esse tempo todo apenas fazendo planos de viajar ou viajando virtualmente pelos programas “tour sem sair de casa”, como o projeto do Google Arts & Culture, que oferece visitas a destinos culturais em diversas capitais no mundo utilizando a tecnologia do Street View, está aproveitando a sensação de liberdade.

Isso não justifica, até porque a pandemia ainda não passou, mas explica o “boom” de turistas nos últimos finais de semana, especialmente nos destinos de natureza em Mato Grosso do Sul, como Bonito, Jardim, Rio Negro e Rio Verde.

“A gente faz de conta que não há mais pandemia e bora se divertir”, disse o campo-grandense Marco Aurélio de Arruda, 26 anos, um dos felizes participantes da aglomeração em um balneário de Rio Verde, a 170 km de Campo Grande, no feriadão de Nossa Senhora Aparecida, 12, que viralizou na Internet.

Vídeos e fotos nas redes sociais mostraram o evento com centenas de pessoas, a maioria jovens, sob a água corrente do rio Negro, ou seja, ao ar livre, mas onde o cumprimento das regras de distanciamento e uso de máscara passou longe.

Pode ser um comportamento de risco, afinal de contas ninguém gostaria de viver uma segunda onda da pandemia, como vem acontecendo em vários países da Europa. Melhor não se largar tanto, porque a recomendação neste momento de retração dos casos de contaminação do vírus é por destinos de contemplação do meio ambiente e passeios ao ar livre, porém, com a ideia de que nesses lugares haveria menos gente, o oposto de aglomeração.

Se você é dos que preferem continuar tomando todos os cuidados necessários para evitar a propagação do vírus, conforme as recomendações das autoridades sanitárias, entenda que os acontecimentos em Mato Grosso do Sul se repetem em todo o país.

É o que mostra um levantamento divulgado na quinta-feira, 15, pelo Ministério do Turismo. Diz que depois de duras perdas pela parada provocada pela pandemia, as atividades turísticas no Brasil apresentam índices animadores de crescimento, e pelo quarto mês seguido já acumulam alta de 63,4% na movimentação econômica desde a retomada.

O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), segundo o MinTur, revela que o índice de atividades turísticas cresceu 19,3% em agosto, no comparativo com o mês de julho. Os destaques são os serviços de hospedagens e alimentação que apresentaram alta de 37,9% e o de transporte aéreo, com crescimento de 14,6% no mesmo período.

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